quarta-feira, março 21, 2007

Pois, pois...



Na sua entrevista ao jornal O Rio, após ano e meio de mandato sem que se notasse nada, a Presidente da JFAV envereda pela estratégia habitual de dizer que o que não foi feito é por causa do ataque ao poder Local Democrático e patati, patatá.
A verdade é que as promessas eleitorais estão 99% por cumprir, sendo que algumas nem dependem das próprias autarquias, enquanto as outras continuam perfeitamente em banho-maria.
No primeiro caso temos a necessidade de um posto de PSP ou GNR na freguesia, enquanto no segundo temos a anedota que foi e é o inexistente, de facto, projecto Alhos Vedros Cultural.
A verdade é que 18 meses depois das eleições a coisa não existe em lado nenhum e tudo o prometido e anunciado no início de 2006 pelo poder moiteiro ainda é uma ficção.
O Bora Lá à Fábrica, mais não passa de uma apropriação das ideias do eXporádico.
A recuperação de espaços públicos ou industriais desactivados para uma actividade cultural regular não existe.
Em matéria de contrapartidas pelos negócios feitos no espaço da freguesia, temos alcatrão e pouco mais.
Em algum momento já vimos o poder moiteiro da CMM e amoitado da JFAV fazer u m protocolo que visasse recuperar espaços na freguesia, utilizando parte para construção e outra parte para equipamentos culturais?
Não, isso nunca, e o caso exemplar do destino dado ao terreno do antigo Cinema demonstra até que ponto o poder político é débil na defesa do interesse público face aos interesses privados.
Por isso um par de coisa posso desde já prever: lá para 2009 alguma coisa fingirá que mexe e Fernanda Gaspar aparecerá a alegar que aquela coisinhainha - em 2005 foi a recuperação da Praça da República por um custo equivalente ao de um bloco de apartamentos - é a concretização das promessas do programa eleitoral.
E o mais engraçado é que se calhar há muito boa gente que acredita.
Até agora o truque tem funcionado.

Só uma nota final para o caso do centro de Saúde: embora emaranhando a resposta, fica-se a perceber como alguns aparelhistas criaram e usaram um boato apócrifo para distrair atenções de outros assuntos. Mas claro que os mentirosos e caluniadores são sempre os outros. Vergonha na cara, precisa-se...

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