Perante a pressão da opinião política e pública, mesmo acedendo a exigências incontornáveis e que seriam óbvias para quem quisesse verdadeiramente mostrar a sua razão, a tentatção actual é por procurar contra-atacar em duas frentes:
- Por um lado, procuram lançar dúvidas e suspeitas sobre quem faz as exigências e defende a necessidade de clarificação de tudo o que foi feito. A ideia é denegrir a imagem de quem questiona, alegar que alguém é "pago" por alguém, que existem motivos sinuosos para que as pessoas pretendam apurar a verdade. Estranha-lhes que alguém sinta um imperativo cívico, sem que isso tenha motivos inconfessáveis ou recompensa material. Quem assim faz, parece não perceber que revela mais sobre si mesmo do que sobre os outros. Alegar que alguém é pago só porque lhe interessa saber ao certo o que se passou é uma forma bastante demolidora de indiciar que a própria forma de agir ignora que se faça algo de forma desinteressada.
- Por outro lado, procura-se mostrar que se aqui se fez coisa menos boa ou se foram feitas cedências, é porque não era possível fazer de forma diferente, que a pressão é mais forte do que a vontade do poder político e dos seus detentores locais e que o mesmo se passa em outros lados. Isto é também igualmente inepto e uma nova confissão de manifesta incapacidade, tanto mais incompreensível, quanto emanada de quem ergue como bandeira a resistência a essas pressões do grande capital e a luta contra os fenómenos da especulação financeira. Para além de que dizer que a senhora ao lado do Bocage também tem flatulência, não é justificação nenhuma para desataramos a dar publicamente uma barragem de flatos mal-cheirosos. Com o mal dos outros deveríamos nós estar bem, aprender com tais erros e demonstrar o nosso valor dando o exemplo do contrário. Por aqui não se pensa assim e mandam jovens andar a fazer recortes de tudo o que de mal se fez por aí, para justificar que aqui não se pode fazer melhor.
3 comentários:
Sem mais! Saudações verdes enquanto há pinheiros pela margem sul.
Estes Moiteiros e Amoitados são uns verdadeiros nemátodos da politica, senão vejamos as semelhanças:
- São uma praga, como o nemátodo
- Secam as àrvores à sua passagem.
- Microscópicos
- Semelhantes às lombrigas
- Transportados por outro insecto, nesta caso, o Pato Bravo, que não é isecto, eu sei, mas o Lobo também não é cordeiro , mas só falta fazer mé-méeeee
A construção de uma nova paisagem equilibrada passa pela defesa das zonas mais sensíveis, por forma a poder vir a desenvolver-se um sistema urbano de acordo com as potencialidades paisagísticas do território e com os agentes económicos que determinam as transformações do uso do solo.
in Caderno Sócio-Cultural, pp 19, Câmara Municipal da Moita, 1998
Comentários para quê?
Já estava tudo escrito e assumido quanto ao conceito de "desenvolver o desenvolvimento"...
Até mais.
Enviar um comentário