Em excelente crónica no Público de hoje com o título "Pagar dívidas coim favores" (p. 37, sem link), José Vitor Malheiros desmonta o esquema engendrado nos tempos de Celeste Cardona em torno da construção da Cidade Judiciária e das contrapartidas (indemnizações) devidas pelo Estado pelo incumprimento do protocolo então assinado com a empresa Teixeira Duarte.
Por não fazer nada, a TD tem direito a receber 12,6 milhões de euros.
Para não gastar tanto dinheiro o Estado estava agora pronto a pagar uma parte a a prometer o resto em adjudicações de futuras obras, aparentemente á revelia de qualquer tipo de concurso.
Mas parece que alguém teve o bom sendo de travar a coisa e afinal "apenas" vai ser pago o dito batelão de dinheiro.
Ou seja, uma má decisão política que se traduziu na assinatura de um protocolo lesivo para o Estado traduz-se agora numa indemnização choruda para uma empresa privada.
Não sei se isto vos faz lembrar alguma coisa, pois a mim faz-me pensar que afinal este tipo de negócios é transversal às ideologias, ás formações partidárias e aos diversos níveis do aparelho de Estado.
1 comentário:
Ora aí está!
Diz-se por aí que só pela promessa de uma bela urbanização, a "estufa" com telhados de vidro recebeu...
Enviar um comentário