segunda-feira, setembro 08, 2008

Olha o AV2 vem n'O Rio

De O Rio:

«A lição das 7 varas de vime
A revisão do Plano Director Municipal tem polarizado a oposição no concelho da Moita contra a gestão municipal em exercício. De todos os quadrantes políticos oposicionistas se reclama a necessidade de retirar a actual maioria política do poder.
Porém, esta força política está bem implantada no concelho, onde detém a maioria absoluta. Nenhuma das outras forças políticas, só por si, terá condições para lhe retirar o poder autárquico. Esta evidência parece já ter sido compreendida pela oposição local, que tem vindo a dar sinais de congregação de posições que levem à formação de um “movimento unitário” que possa derrubar os detentores do poder municipal.
Nesse sentido vão as afirmações proferidas por Vítor Cabral (PS): ” Porque o concelho não tem donos, os moitenses dos diversos quadrantes sociais e políticos, têm que se mexer, sair da apatia, marcar a sua presença. É urgente um poder local que se aproxime e promova o encontro dos cidadãos, de todos os cidadãos. É urgente olhar para o futuro com esperança”. Por sua vez, autarcas de outros partidos da oposição e alguns independentes também têm dado sinais favoráveis a uma solução que seja alternativa ao poder instalado no município, embora, dentro dos partidos, possa haver quem se oponha a tal convergência.
Realisticamente, todos estes opositores à actual gestão do município, isoladamente, não têm alternativa para conquistar o poder na Moita. No concelho, o dilema político que as forças de oposição têm pela frente leva-as a terem que pensar na lição das "7 varas de vime": ou assumem o feixe ou uma a uma nada conseguirão.
Mas não vai ser fácil, a luta pela liderança num processo unificador e o protagonismo pessoal desejado por muitos dos intervenientes, será um sério obstáculo para alcançarem o objectivo principal que todos eles pretendem.
O candidato a cabeça de lista à Câmara se for de um qualquer dos partidos dificilmente será bem aceite pelos restantes parceiros de coligação. Nestas circunstâncias, terá o AVP2 alguma razão quando, já o ano passado, defendia uma figura independente de oposição à Câmara Municipal da Moita, o que também não será fácil de encontrar, isto é, um candidato com condições para a função, que seja capaz de reunir consensos na parceria, e que possa impor-se junto do eleitorado. O que não restam dúvidas é que já muita coisa se ouve por aí...
Todavia, ainda a “procissão vai no adro” para as eleições autárquicas que se realizam em 2009. Mas a verdade é que já se sente a luta política eleitoral no nosso concelho.
Aguardemos o desenrolar dos acontecimentos.

José de Brito Apolónia

Análise globalmente correcta, acabando por ir de encontro - como reconhece - ao que aqui foi escrito.
Resta saber se chega, se há cabeça (individual para ir à luta e dos apoios para não se degladiarem), se... se...
Mas é interesante que isto tenha sido escrito agora e por quem foi.

11 comentários:

Anónimo disse...

Olha o Brito a fazer-se ao poder

AV disse...

Ou a pressentir que existem outras pessoas/opções, com os requesitos necessários:

-Espírito de trabalho, muito trabalho, para limpar tanta merda é preciso muito trabalho, são 34 anos...

-Coragem, porque vai ser o alvo a abater pelo situacionismo do PCP e coragem porque a CMM, precisa de uma limpeza profunda especialmente nos quadros mais altos.

-Poder de aglutinização das diversas correntes ideológicas e dos protagonismos pessoais, a cimentar-se, ou dos emergentes, dentro e fora dos partidos, mas especialmente no PS, por parte desta multi-diversa, Frente Popular Unitária Moiteira.

-Uma liderança forte e popular/populista, quanto baste.

AV2

AV disse...

Ah, e especialmente honestidade, o que será difícil devido ao assédio do lobby da construção civil...

AV2

Anónimo disse...

estes gajos julgam-se os donos da verdade e da honestidade...foda-se

Anónimo disse...

De certeza que a verdade não está no seio da matilha, liderada por um joão lobo burguês e um vitor martelo empresário e alto dirigente da autarquia.

Anónimo disse...

continuamos com uma linguagem muito ???!!!!!. no entanto pergunto qual dos vereadores na oposição tem capacidade e honestidade intelectual e politica para liderar uma lista unitária. é que todos querem é poleiro e acreditem que conheço bem os 3, sim porque o 4 o Guerra é um pobre coitado...

AV disse...

Nenhum vereador da oposição tem o perfil que eu apresentei no primeiro post.

AV2

Anónimo disse...

Nas últimas eleições foi a invenção do " taco a taco ", agora é a da frente unida. Só vos falta, à moda de Santa Comba Dão e ao gosto de alguns, um salvador ou, à moda de Álcacer Quibir e ao gosto de outros, um d. sebastião.

Já não tinham hipóteses, como a história tem demonstrado não convencem ninguém, e a continuarem assim ainda vão ver mas é o poder por um ralo.

Com os respeitosos cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

Há, como nunca houve, a oportunidade e a necessidade de tirar do poder moiteiro o lixo do PCP. Para tal é necessário haver uma consciência colectiva de que para gerir uma câmara não há grandes ideologias políticas, há seriedade, espírito colectivo, vontade de servir a população da qual os intervenientes fazem parte também, espírito ambientalista, pugnar por um concelho onde há mais a remediar do que a expandir, um concelho onde já se construiu de mais, há a construir espaços verdes e equipamentos sociais colectivos, respeitar e tratar o rio e zonas adjacentes a este como deve ser. Promover o desporto e a cultura, pensar nos jovens e no seu futuro, mantendo-os ocupados em actividades colectivas saudáveis e não marginalizados como o PCP/CDU faz. Em suma, defender as pessoas e dar-lhe a qualidade de vida mínima que lhe falta em todas as vilas do concelho. Depois e ainda, trabalhar seriamente com os proprietários dos prédios velhos degradados, encontrando soluções equilibradas ou habilidosas que resolvam se não no todo em grande parte a miséria edificada em ruínas, sinónimos de agressão ambiental e da saúde pública. Por fim encontrar espaços e meios para que no concelho se venham a fixar pequenas e médias empresas não poluentes, mas que tragam empregos para o concelho. Para isso é necessário parcerias, com terrenos e infra-estruturas baratas e desburocratização de todo o processo de fixação e abertura dessas empresas. Já houve várias empresas que se foram fixar noutros concelhos por que aqui não os facilitaram em nada, só complicaram e os terrenos que lhes eram oferecidos eram ao preço dos especuladores da construção habitacional. Uma Frente Unida pela Qualidade de Vida no Concelho da Moita é precisa. E assuma-se, contra o aparelhismo do PCP, não contra os homens e mulheres honestos afectos a este partido, que os há e descontentes com esta gestão da câmara também. É da nossa vida, de todos, mesmo as pessoas que ainda acreditam no PCP mas que não aceitam os que têm vindo ultimamente a dirigir a câmara. O Plano Director e as alterações propostas foram a melhor causa para um processo unitário, um 25 de Abril neste concelho. Que os interesses mesquinhos partidários não seja obstáculo ao que verdadeiramente interessa. Isto é mais sério do que possa parecer.

Anónimo disse...

Ok "diácono" Àngelo, já garantiste um lugarzinho na eventual lista da frente quebrada, desculpem, quis dizer "unida". Há só um pequenino se: tens previamente de lavar a roupa suja, arrumar as divisões partidárias e anestesiar os galos.

Com os respeitosos cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

O Broncas disse...

Conheço o Brito. Não está a fazer-se ao poder. É um escrito interessante, tão limitado como a realidade que ele conhece.

Não existe qualquer movimento com sustentação capaz de aglutinar toda a oposição - isso corresponderia a que o PS e o BE alterassem a sua estratégia, o que não se vislumbra, sendo até no 1º caso impossível, pois são fortes os interesses pessoais que se manifestam, não sendo de excluir até outros que pretendem aparecer.

Por outro lado, iniciar um movimento destes com propostas aos partidos na oposição, foi a melhor forma de perder espaço logo à partida. A escola feita na generalidade dos Partidos em relação à lei que permite a intervenção de listas não partidárias, sempre foi de desconfiança, hoje agravada pelos exemplos de Felgueiras, Gondomar,Oeiras e Algezur.

Apesar disto, acredito que ainda possa aparecer,mas só amadurece se liberto de compromissos padrtidários.