O nível da análise política local faz lembrar a análise dos jogos de futebol por hooligans, embora sempre se possa dizer que o exemplo vem de cima.
No último O Rio temos direito a três discursos escritos oficiais sobre os resultados das eleições. Lado a lado na página 5 temos as posições dos CDS/PP e do PS; na página 7 temos o colectivo bloquista.
Como a conversa do Bloco de Esquerda é assim um bocado para o irrelevante bem-intencionado e politicamente correcto (garanto que me correm sempre lágrimas quando os leio e esvoaçam pombas brancas do papel) ficamo-nos com as divertidas leituras que CDS e PS fazem dos resultados e que parecem directamente saídas de um qualquer manual de nonsense.
Será que, por uma vez, senhoras e senhores, poderiam abandonar a cartilha dos donos e terem uma ideia própria fundamentada e que, só por uma vezinha, nos surpreendesse por um lampejo de originalidade.
É que quase não vale a pena ler, porque já se sabe o que lá vem. O nosso atento leitor Titta Maurício parece aqueles matrecos que chutam sempre para o mesmo lado, nunca vê mais nada, mesmo que veja. A suave Eurídice enrola-nos naquele discurso redondinho e sem arestas que se tornou a especialidade xuxalista local.
Quanto aos laranjinhas locais aguarda-se que também reclamem vitória brevemente, assim como a CDU, o POUS, o MPT, o PDA, etc, etc.
Ganharam todos, como de costume. E se não ganharam, os outros também não ganharam.
Caramba, será que são mesmo assim ou, como o nosso colaborador José Silva escreveu há uns tempos, ganham créditos por cada cliché que passam a letra de imprensa.
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