terça-feira, julho 27, 2004

(Já lhe podemos chamar) Colaboração de Titta Maurício

Aquele que, pela frequência, já podemos mais chamar colaborador do que leitor - Titta Maurício - responde de uma vez ao editor (em chefe) do blog e ao nosso colaborador António da Costa.
Quanto ao segundo, se quiser responder, responderá.
Quanto a mim, só três "toques":
- O paternalismo era aquela pequena "picada" que nós reservamos para provocar aqueles que já são quase dos nossos.
- Quanto à ausência de censura no blog às opiniões isso é daqueles dados adquiridos que nem se deveriam nunca colocar em causa em qualquer espaço como este. Sempre dissemos e repetimos que este espaço é livre, dentro dos limites de algum decoro na linguagem (o vernáculo, a menos que erudito, não nos cai bem).
- Quanto à chave para inserir textos é realmente só minha. É como nos jogos de bola, à antiga, em que o dono da bola era o capitão, seleccionador e treinador da equipa.
Continuo a achar que o melhor regime político é o despotismo esclarecido, modelo D. João V (não necessariamente D. José e Pombal), e dísso não abdico.


Meu Caro,

Relevo, com desagrado, um tom paternalista no seu comentário («começamos a gostar mais do seu tom e do facto de já detectar a diferença entre os nossos textos mais irónicos e aqueles que são para levar mais a sério»; ou «pelo menos, agora surgem com alguma fundamentação; podemos não concordar, mas pelo menos têm um pouco mais de substância»), o qual me parece nada justificado... mas, "prontos": quem é dono da "chave" que permite a inserção dos textos sempre tem o poder de fazer os comentários que entende... porém, reconheçamo-lo sem pudor, sempre com lealdade (porque sem qualquer censura, truncagem ou adulteração do texto)!
Só por isso vale a pena continuar... assim o queiram!
Um Abraço,
João Titta Maurício


Senhor António da Costa,

Não querendo fazer da questão motivo de debate (cuja substância útil não descortino), não poderei deixar de treplicar no diálogo que começou no Paulo e que de si mereceu contestação: a "vergonhosa" campanha eleitoral Europeias 2004. Primeiro, é abusivo que pretenda que eu tenha atribuído gravidade diferente entre um ou outro tipo de "argumentação" eleitoral! Porque é exactamente o contrário do que eu afirmei! O que eu disse é que, ao contrário do que a comunicação social fez passar (e alguns "comentaristas" se esforçaram por repetir e amplificar) é eticamente reprovável que o insulto e a mentira sejam usados como argumentos de campanha! Mas mais inaceitável é que uns pretendam que é mais grave um do que outro e que hajam escondido um facto importantíssimo como o pedido de desculpas de João de Almeida! E que os principais incendiários depois se finjam virgens vestais! Quem foi que chamou tumor a um adversário? Quem foi que apelidou a sua adversária eleitoral de «nem servia para dona-de-casa»? Quem foi que disse que os seus adversários mentiam... e depois se prova que quem mentiu foram eles? E se lhe chamarem a si xenófobo, racista, lacaio, mentiroso, ou extrema-direita é uma crítica às ideias e comportamentos políticos é um problema seu! Eu não gosto, nem o permito... principalmente porque a questão da veracidade não é indiferente! Se alguém se orgulha que lhe chamem comunista... sinceramente é uma pena, mas (se ele gosta e não tem vergonha) é um problema dele! Mas se, mentindo, me chamam fascista, racista ou xenófobo para mim isso é ofende-me! E é uma ofensa grave: é uma calúnia!!! A diferença, vai desculpar-me, não é nada subtil: é uma evidência!
Quanto à defesa que pretende fazer, é mais como as outras: como pode pretender invocar a defesa quando ninguém procurou ofender Sousa Franco! Até comecei por dizer «e é uma pena que um dos seus maiores protagonistas haja falecido!» E repito-o: «Um dia, com calma, poder-se-à compreender quem foi o autor da "campanha eleitoral vergonhosa"... » porque a vitimização por calúnia foi uma estratégia deliberada! Não do candidato, mas de quem, na sombra, planificou e coordenou a campanha! Limitei-me a criticar os que por cá estão (e muitos ainda continuam nesse registo.. e mentem, mentem, mentem!) e que omitem o essencial! A pena pela morte do Prof. é, por um lado, pelo desaparecimento prematuro do Homem, do Académico e do Político, mas a dimensão política não está relaccionada a ajustes de contas com ele, mas porque a sua morte inibe uma discussão política e o esclarecimento sobre as recorrentes inverdades e insultos que a campanha do PS desferiu contra o CDS e contra Paulo Portas... e que certa comunicação social "engagé" propagou e tornou "verdade oficial"! Finalmente, espero que não me responda como outros já o fizeram: que eu posso não ter dito nada e até nem ter tido a intenção de o fazer... mas, como sou do CDS, isso basta para que eu (ao ter referido o nome do Prof. Sousa Franco) seja culpado de insulto!
Com os Melhores Cumprimentos,

João Titta Maurício

1 comentário:

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