Tanto pelo contexto, como pelo desfecho.
Porquê?
Antes de mais porque toda esta agitação resulta, por um lado, do embelezamento de certos factos e, por outro, da enorme ânsia de controlar o fluxo de informação para o público.
Em Lisboa como na Moita existe a paranóia do controle da informação, da definição da agenda política e da domesticação da opinião pública.
O que devia ser público e transparente é opaco e alega-se de foro restrito, o que devia ser uma relação salutar com os eleitores é encarado com desconfiança, alegando-se as vitórias eleitorais maioritárias como argumento de autoridade, por fim o que devia ser suportado como uma natural busca pelo conhecimento dos factops por cidadãos e comunicação social é apelidado de manobras com intuitos ocultos (lá é a OPA fracassada do Belmiro, o ataque aos privilégios dos jornalistas, aqui são os "interesses" de quem ousa protestar, a insinuação de "pagamentos"). Até a inimiozade ao Público, como elemento do grupo empresarial Sonae, é semelhante pois surge depois de boas e cordiais relações anteriores.
Mas não deixa de ser curioso - e triste - que o poder moiteiro e a sua mentalidade tacanha de cerco seja a mesma de quem nos governa em Lisboa.
Afinal há muito que afirmamos que o AVP, sendo inimigo figadal do poder moiteiro que a circunstância nos serve, encara-o como uma metáfora e a formulação local de um certo Portugal político provinciano, dissimulado, vaidoso, autista, arrogante, mas profundamente ignorante e desrespeitador das regras básicas da democracia e da defesa do interesse público.
Terreiro do Paço e Praça da República, duas margens, dois níveis de governação, uma única visão mesquinha do mundo e da vida política.
1 comentário:
Ora! Mas que raio estava você à espera?
Até mais
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