segunda-feira, setembro 24, 2007

O balanço deste semi-mandato

Se fossemos tão mauzinhos como nos acusam deixaríamos este espaço em branco, de tal modo a acção autárquica tem sido virtual, pois ou não cumpre o prometido ou então o que é feito resulta das famosas "contrapartidas" dos protocolos estabelecidos com os poderes económicos instalados no concelho, sendo que essas contrapartidas na maior parte dos casos são infraestruturas que interessam directamente aos seus promotores.

Vejamos dois casos na freguesia de Alhos vedros.
  • O alargamento da Estrada Nacional até à Baixa da Banheira, naquele modelo de montanha russa, mais não é do que uma necessidade das próprias superfícies comerciais ali instaladas, pois são formas de facilitar o acesso dos consumidores ao seu espaço. Caso se mantivesse a anterior via com duas faixas a coisa ia ser bem mais complicada e propiciadora a desânimos em algumas alturas. Para além disso não esqueçamos que parte deste alargamento foi feito à custa do abandono da ideia moiteira de transferir o mercado que é feito na zona sul da Baixa da Banheira para as imediações do posto de gasolina, para o que até tinha feito o entulhamento das velhas salinas.
  • O espaço verde criado na Fonte da Prata, assim como o alargamento da Escola Básica do 1º ciclo são obras que a Fadesa tem todo o interesse que aconteçam, caso contrário a urbanização não tem qualquer tipo de valor acrescentado para quem lá se queira fixar, para além do casario e de uma dezena de lojas. Tendo o acesso ao rio praticamente cortado, a população da nova urbanização não tem praticamente nada que a faça ali ficar que não dormir e ocupar-se em casa, pois não existem praticamente equipamentos de lazer nenhuns no tal parque. Quanto à escola, que já era necessário melhorar, a sua necessidade é mais do que óbvia se querem fixar famílias naquele zona, sem ser necessário deslocarem as crianças para as outras escolas disponíveis na freguesia.
Portanto, a CMM bem pode bradar que a culpa é do Poder Central e até convencerá os já convencidos, mas a pura e simples verdade é que em termos de infraestruturas este mandato se ficará novamente pelas promessas, pois tudo o que aparece é de iniciativa alheia, como o viaduto sobre a linha férrea nas Arroteias e a nova rotunda na entrada nascente de Alhos Vedros, que finalmente irá permitir, quando estiver feita, redistribuir mais eficazmente o trânsito para as Morçoas, a Escola C+S e as própias Arroteias.
Que é uma obra da REFER.

O poder moiteiro pode aparecer, engalanado e balofo, nas inaugurações, mas a verdade é que a sua intervenção é praticamente nula nestas iniciativas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ela chora,
Ele grita
Ela sofre
A desdita!

Anónimo disse...

Quanto ao acesso à Escola C+S, é pena não avançarem com a estrada até à entrada da mesma, é que a parte da Refer deve acabar na rotunda, o resto que devia ser competência da CMM deve ficar "esquecido"...

Anónimo disse...

..e depois chega o inteligente e arranja soluções para tudo.....