É por estas e por outras passadas que eu fujo dos estudos locais como o demo da cruzeta.
O espaço de conhecimento é curto, mas os sábios têm imenso saber.
Quem tiver lido com atenção o meu primeiro post sobre este tema, reparará facilmente que não identifiquei o autor da tirada.
Porquê?
Porque recebi três relatos distintos do acontecimento e cada um deles me deu uma identidade diferente para o emissor da bojarda.
Tamanha era a atenção com que estavam ao que era dito.
Entretanto um deles emendou o seu engano e surgiu uma maioria qualificada a favor de um nome.
Que até é de alguém, amigo de um amigo.
Que não é o que interessa.
O que interessa é que há muitos egos por aí em fúria em busca de protagonismo e poder.
Na luz e na sombra.
E há quem não saiba que tudo isto já se fez, já se disse, já se escreveu.
Não é que repetir as mesmas coisas pela décima vez esteja mal.
Só que não desperta interesse a quem já ouviu isto há 20, há 15 e há 10 anos.
A certa altura um tipo fecha a loja.
Para os devidos efeitos, quando alguém estudar para além do que José Manuel Vargas publicou há 20 anos com o título "De Alcochete ao Barreiro: Alguns elementos para o estudo do antigo concelho do Ribatejo" no volume História de Palmela ou Palmela na História na sequência das primeiras jornadas de análise e divulgação do passado de Palmela (páginas 185 a 209), seria bom que aparecesse e divulgasse os dados.
Já agora, se estão mesmo interessados em descobrir coisas novas sobre Alhos Vedros e a sua História existem dezenas de livros de Actas de Vereação para serem lidos, transcritos e divulgados.
Talvez aí se viesse a saber alguma coisa de novo e não a repetição do costume.
Isto é tudo muito bonito, muito meritório, muito entusiasmante, mas como hoje me dizia alguém próximo deste meio, «são sempre os mesmos a dizer o mesmo há décadas como se fossem enormes novidades».
Antes isto que nada?
Talvez.
Mas que tal trabalharem mesmo a sério, sem se perderem sempre nos mesmos planeamentos?
O núcleo de História Local da CACAV o que fez desde que foi fundado?
Até agora apenas o investigador Vitor Manuel publicou dois volumes de documentação, nem sempre devidamente interligada e explorada, sobre a História do concelho, sendo alguma dela inédita.
Há uns tempos a Ana Leal e o Pires publicaram um interessante livrinho sobre as visitações da Ordem de Santiago com documentação inédita.
Que não teve continuidade em outros estudos do mesmo género.
Para quando estudarem a sério a coisa e procurarem os vestígios que não caem do céu aos trambolhões?
Eu não, repito, porque não é uma área de estudos que me interesse.
Mas há por aí tanto inteligente desocupado...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
"O que interessa é que há muitos egos por aí em fúria em busca de protagonismo...."
Muito, muito, muito....
Enviar um comentário