segunda-feira, dezembro 31, 2007

E a Moita de fora, já repararam?

Merece transcrição completa a notícia do Público de hoje que demonstra como os camaradas moiteiros transformaram este concelho no cu de Judas da Margem Sul, apesar de todas as conversas sobre as centralidades.
Contra factos, não há Parques Temáticos virtuais que nos valham.
E os camaradas dos concelho vizinhos - incluindo o Barreiro - só se lembram da Moita para vazdouro dos lixos.

«Arco ribeirinho entre Almada, Seixal e Barreiro terá vida nova
Projectos de reconversão das frentes ribeirinhas instalam-se em zonas de antigas fábricas empresariais - Quimiparque, Siderurgia e Lisnave.
Milhões de euros é quanto deverá rondar o investimento público e comunitário para a requalificação do Seixal
a O processo de requalificação da frente ribeirinha dos concelhos de Almada, Seixal e Barreiro está já em curso e o ano de 2008 deverá ser fulcral para o início dos projectos.
A frente ribeirinha almadense parece ter o processo mais avançado, tendo apresentado no final do ano de 2007 o projecto Almada Nascente - Cidade da Água, assente na premissa de uma "cidade de duas margens, um centro de Lisboa do outro lado do rio", conforme descreveu o arquitecto galardoado Richard Rogers, autor principal do projecto, no dia da apresentação formal da planta. Poder conciliar actividades como o trabalho, o lazer e ainda a vida familiar são os principais objectivos da obra, que deverá estar concluída dentro de 20 anos.
Uma marina, um terminal de cruzeiros, a transladação do terminal da Transtejo e do Metro Sul do Tejo, praças para realização de actividades culturais, pólos habitacionais e científicos e instalação de comércio e serviços serão as principais valências do espaço, inserido nos cerca de 120 hectares anteriormente ocupados pela empresa de restauração e construção naval Lisnave e elaborado pelos gabinetes Richard Rogers Stick Harbour and Partners, WS Atkins Portugal e Santa Rita Arquitectos.
Depois da apresentação do projecto, na exposição internacional Waterfront Expo 2007, que este ano decorreu em Portugal, os responsáveis pelo projecto, Câmara Municipal de Almada e Fundo Margueira, iniciaram já a angariação de investidores para o espaço, que deverá ter algum financiamento público, mas que assentará essencialmente em investimento privado. Este projecto prevê já um espaço canal para extensão da linha do Metro Sul do Tejo entre Cacilhas e a Cova da Piedade, além de ser palco do terminal e interface de Cacilhas, que deverá ser transferido para a Lisnave dentro de dez anos.
Criar emprego no Barreiro
Na Quimiparque, zona industrial do Barreiro, o projecto de requalificação desta zona ribeirinha também está na iminência de ver aprovado o plano de reconversão para o local, terminando hoje o prazo de discussão pública. De acordo com o presidente da autarquia, Carlos Humberto, o projecto para a zona permitirá criar "uma Área Metropolitana de Lisboa forte e que assuma um papel motor de desenvolvimento do país". Transformar o Barreiro num pólo de emprego, de desenvolvimento económico e com qualidade de vida, fugindo ao estigma da cidade ser considerada como dormitório, será o principal objectivo do plano, a cargo da empresa de consultoria Augusto Mateus e Associados. A aprovação do diagnóstico de partida, estratégia e plano de acção permitirá um olhar mais objectivo e concreto sobre o projecto, que deverá ter luz verde para avançar em 2008.
O documento de diagnóstico está dividido em três zonas. A primeira, a nordeste do Barreiro, irá manter o cariz industrial da cidade do Barreiro, explorando sinergias de intermodalidade de mercadorias enquanto a segunda zona, Centro-Norte, albergará funções mais metropolitanas com espaços públicos, equipamentos, serviços gerais e empresas e inovação e um interface de transportes. Por fim, a zona histórica consolidada da cidade, promoverá o lazer, a cultura e a interligação urbana. No caso do Seixal e da requalificação do espaço da antiga siderurgia, a câmara municipal encomendou um estudo de ordenamento urbano para a zona, que prevê o reordenamento territorial, a requalificação ambiental e a criação de novas infra-estruturas e equipamentos, num investimento que deverá rondar os 65 milhões de euros de capital público e fundos comunitários. O projecto de reconversão para este espaço pretende essencialmente responder a dois problemas da zona: o passivo ambiental, resultante da actividade siderúrgica desenvolvida ao longo dos anos, e a insuficiência de acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.
Criar uma "cidade de duas margens" e um complemento a Lisboa é o principal objectivo comum dos três municípios que têm trabalhado em conjunto no sentido de desenvolver a Área Metropolitana de Lisboa. Apesar de estes serem projectos de longo prazo, que só estarão terminados dentro de duas dezenas de anos, o ano de 2008 parece ser o ponto de partida para resultados no terreno, depois de anos a programar projectos para estas antigas áreas fabris.»

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