sábado, setembro 06, 2008

Gente da nossa terra 3

A Moita é um terra sem lei, onde o poder local actua sob o emblema e a bandeira de um Partido político conhecido pelas suas posições tradicionais de luta ao lado dos mais fracos, dos deserdados, daqueles que sozinhos não conseguem fazer ouvir a sua voz, contra a injustiça, a exploração, a corrupção e as maiores desigualdades, injustiças e desmandos sociais.

Confuso?

Parece contraditório?

E é.

Mas é a realidade, e não acontece por acaso.

Na nossa terra, os eleitos do Partido Comunista atraiçoam todos os dias o seu Partido, porque aqui o Partido Comunista, enquanto tal, não funciona ou funciona muitíssimo mal.

Quem o defende aqui na Moita, cegamente, são 4 tipos de gente:

1. Os seus inimigos de sempre, mas aqui grandes interessados na especulação e no enriquecimento estapafúrdio à custa da mudança do Solo Rural, em Reserva Agrícola e em Reserva Ecológica, para deixar de o ser e passar a solo urbano, já sem RAN nem REN;

2. Os seus dirigentes locais, quer na organização do Partido, quer à testa da Câmara, que estão embrenhados até ao tutano nessa política, vá-se lá descobrir por mor de quem ou do quê;

3. Uma corte de gente séria que se habituou muitas vezes e ao longo dos anos, e com razão, a olhar o prestígio, a cultura, a história e os exemplos de coragem e de luta do Partido Comunista ao longo de décadas, e que daí conclui com complicadíssimo automatismo que o que vem do PCP é sempre bom e merece sempre cega aprovação, sem mesmo precisar de maior avaliação;

4. Uma direcção regional e uma direcção nacional que, confrontadas com alertas e avisos amistosos e recorrentes, se bem que críticos e frontais, correm em frente fugindo da verdade e se enrolam na defesa do poder pelo poder. Agem quais bichos-de-conta encarquilhados, enroscados numa ilusão de exercício de poder de "faz de conta que é próprio do PCP, só porque em nome do PCP é alegadamente praticado".

Oh, miséria das misérias, com 4 pernas de sustentação assim, o Partido Comunista na Moita bem pode ir somando vitórias até à sua derrocada final.

E bem pode continuar alegremente a iludir-se, pensando que os ataques lhe surgem dos opositores, quando bem neles poderia vislumbrar, quem sabe, muitas vezes opinião se não já de admiradores, pelo menos de Mulheres e Homens simplesmente de si respeitadores.

Mas que não se enganem, nem ninguém nem o PCP.

Face à sua política e a um mau governo, tragam eles a chancela que trouxerem, venham embrulhados nas cores que vierem, não vale a pena alimentar ilusão.

A resposta das Cidadãs e dos Cidadãos desta terra é só uma, e será sempre uma só.

Contra más práticas de governação, inflexível oposição.


[1] No 2º parágrafo do ponto nº 2 do Capítulo "As conquistas de Abril no futuro democrático de Portugal", in Programa do PCP

[2] No 1º parágrafo do ponto nº 7 do Capítulo "Uma política social que garanta a melhoria das condições de vida do povo", in Programa do PCP

[3] No final do 2º parágrafo do ponto nº 3 do Capítulo "O processo contra-revolucionário", in Programa do PCP

[4] Corpo do ponto nº 1 da "Introdução", in Programa do PCP

[5] Final do 3º Parágrafo do ponto nº 1 do Capítulo "As conquistas de Abril no futuro democrático de Portugal", in Programa do PCP

[7] Parte final do ponto nº 1 da "Introdução", in Programa do PCP


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antónio silva ângelo

6 comentários:

Anónimo disse...

É estranha a preocupação e a "sentida admiração" do diácono Angelo pela continuidade e até defesa dos nobres valores do PCP que, segundo ele, estão a ser atraiçoados pelos politícos locais.

Pensará quem não o conhecer que o homem é um ferveroso militante ou simpatizante comunista, mas a verdade não é essa. Antes pelo contrário, é um refinado anti-comunista, o homem (à semelhança de outros renovadores, ex. Zitas, Mários Linos, etc.) saiu do PCP porque, além de conduta reprovável no plano material...percebem o que estou a dizer, entendeu que os valores ideológicos consolidados ao longo da história do partido não tinham qualquer sentido nos "tempos modernos".

Logo seria normal que o homem estivesse agora satisfeitissimo com, segundo ele, as alegadas traições dos politícos locais ao justificado prestígio, à cultura e à história de luta do PCP contra a opressão e a exploração.

Para quem saiu, à semelhança de outros "renovadores", em rotura ideológica com o PCP assistimos a atitudes e declarações (como a no post) do Angelo, essas sim confusas e contraditórias.

Porque se está com o PCP não faz sentido ter de lá saído e agora andar amantizado com o PS e procurar liderar a oposição, o que não é difícil porque são uns frouxos. E se anda, como realmente anda, amantizado com o PS não faz sentido mostrar-se preocupado e defensor do ideário comunista.
A não ser que interpretemos as "manifestações/preocupações" do Angelo como lágrimas de crocodilo.

Ou seja, no Angelo (e não é de agora) nada do que aparenta ser e dizer corresponde à verdade e muito menos ainda é possivel entender os seus desígnios porque é possuidor de um pensamento tortuoso e difícil de sondar.

Com os melhores cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

O Anónimo das 2:00 PM é aparentemente um rachado, especialista na baixa política.

Atira a pedra, fazendo como o valentão,mas logo depois, esconde a mão.

Se contudo vier a público como gente com nome, retirarei a afirmação ("é um rachado"), e dialogarei com ele como gente.

Cilindrando-o num debate de gente.

Entretanto, em conversa de ratos não entro, pelo que com ratos não sei dialogar.

Até lá, Anónimo das 2:00 PM, o Senhor de rachado não passa.

Obs.:
Pobre a cena política e pobre a força política que precisa de ser defendida, e se deixa alegremente defender, por gente rachada.

Anónimo disse...

Por lapso, editei o comentário das 9:29 PM sem indicar quem sou: antónio silva ângelo.

Anónimo disse...

Ainda bem que te identificaste porque senão ninguém ia perceber que és mesmo tu. E já agora deixa-me dizer que sendos um "cavalheiro" não vejo a necessidade de recorreres a linguagem obscena.

Olha, quem, entre muita gente daqueles que foram e alguns ainda são emigrantes, gostava que tu fizesses contas(€) é o irmão do homem, nosso vizinho, da agencia funerária (não te faças de parvo porque, melhor do que eu, sabes do que estou a falar).

Quanto a conversares comigo em público estás à vontade, até sabes quem sou, aproveita e, naquelas ocasiões pontuais, no largo da Moita em vez de à distancia me dirigires um sorriso apatetado, aproxima-te e lava a honra que à muito perdeste, mas cuidado com a boca. Porque não tenho nada em comum com aqueles a quem, no final de algumas Assembleias Municipais, tu te aproximas para "entre dentes" chamares de pulha.

É verdade que conheces os teus limites, mas à cautela, é um conselho, não te entusiasmes e por distração não caias na tonteria de, como com exito tentaste com outros, ultrapassar a minha "linha de fronteira".

Com os respeitosos cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

O anónimo("diácono") das 9:29PM, disse: "Cilindrando-o num debate de gente.

Entretanto, em conversa de ratos não entro, pelo que com ratos não sei dialogar."


O valentão (se calhar também estás metido nas cenas daquela familia que se governou no Boavista) és tu que constantemente afirmas cilindrar tudo e todos, és o maior auto-convencido que conheço.

Quanto a conversa de ratos, não percebo o que fazes aqui e não te tinha em tão baixa auto-estima.
Confirma-se, cada vez mais, que és um caso patológico em elevado estado de decomposição.

Com os respeitosos cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

A rataria acobardada, com laivos de ameaçadora tipo "rambo da Praça da República", continua.

Oh homem!,perdão, Oh rato!:
Desembuche que ainda se engasga!

Oh Senhor JMdJL, tenha uns segundos de coragem, e diga a todos quem é e o que deseja.

Conte tudo, tudinho o que sabe e *as claras!
Pode trazer consigo todas as pessoas que entender, essas ou outras, à vontade.

Obs.:
Mas faça-a como gente, sff.
Não o faça escondido na toca, e saindo cá para fora à sorrelfa só para deixar umas caganitas de merda verbal aqui, outro ali.
Sugiro que nos encontremos em público, com gente ao redor, aprasadamente, e cada um esgrima com palavras os argumentos que tem.
Para ver quem cilindra quem, em conversa de gente, que é só aquela que eu conheço.
O senhor sabe o que isso é, Senhor JMdJL?