Em primeiro lugar, porque se o casamento se tornou um contrato entre duas pessoas que é desfeito cada vez com maior facilidade e frequência, não se percebe porque há-de ser exigido que seja uma de cada sexo.
Com jeitinho, os casamentos gay ainda elevarão a duração média dos casamentos no seu todo.
Por outro lado, se duas pessoas (ou três, ou quatro, que aqui somos muito liberais, desde que na nossa casa sejamos nós e 3 moçoilas bissexuais) querem unir-se em forma de casamento, num tempo em que o bom senso não aconselha contratos a mais de 36 meses e o crédito à habitação anda pela hora da morte, porque deve o Estado meter-se nisso?
Ou a Manuela Ferreira Leite que, por muito boa vontade que tenha em achar que o casamento promove a fertilidade, está redondamente ela, pessoalmente, até faz desincentivar activamente o vigor masculino?
Mas há questões práticas, bastante importantes.
Se os e as homossexuais casarem sem entraves, isso facilita muito mais a vida dos hetero anacrónicos como nós.
Para já, não perdemos tempo a detectar se aquela raparigona, de fortes bíceps ali na esquina do bar, é apenas adepta do culturismo e tem um corpo capaz de acrobacias sensuais inauditas ou se afinal está a jogar na mesma equipa que nós e a galar a loirinha jeitosa que acabou de entrar.
Do mesmo modo, arranjando-se entre si, os gays deixarão de, sem necessidade, tentarem saber se nós somos adeptos da modalidade.
Tudo vantagens práticas, portanto.
Mas há mais: num passo arrojado, poder-se-ia propor que o casamento ficasse circunscrito à comunidade gay, já que gostam de posturas alternativas, enquanto a comunidade hetero poderia regressar a um caldinho sexual primordial de anarquia colectivizante, do tipo orgiástico, que há quem diga que faz muito bem às borbulhas e combate o stress e as depressões como nenhum anti-depressivo consegue.
Mas isto é apenas uma ideia aqui da malta, que costuma contornar a Esquerda tradicional pela Esquerda alta.
Na verdade achamos que o PCP ficaria horrorizado com esta proposta e que no Bloco só os da velha guarda aprovariam, pois veriam legitimada a sua metodologia de aprovação na horizontal das candidatas a miltantes mais novinhas e afáveis.
Por outro lado, mesmo não o manifestando, julgamos que teríamos algum apoio muito no íntimo na liderança de alguns Partidos com assento parlamentar, em especial daqueles que por vezes se sentam para não se lamentar.
Mas é apenas uma ideia.
Não precisam de ficar já tão entusiasmados.
Ainda é preciso fazer a ideia entrar na agenda do PM.
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2 comentários:
Falas bem, mas falas muito, eu cá sou lésbica e por isso a partir de agora, vou apenas postar gajas lésbicas ou bissexuais nuas, ao contrário do que postava antes de me assumir, quando postava também gajas heterossexuais nuas !
AV2
Eu ainda estou à espera daquelas fotos da máquina-gay.
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