Um Presidente satisfeito consigo mesmo

João Lobo aparece como tendo conversado com o Rostos Online, embora nem sempre se perceba o que é discurso directo e o que é apenas adaptação de material promocional pessoal e do poder moiteiro.
Provavelmente a conversa ficou foi tão confusa que o melhor foi mesmo editar o texto.
O longo texto tem algumas pérolas, como é habitual nestas circunstãncias de que se arrancam aqui duas sobre a zona ribeirinha e o PDM:

«Para além do PROTEJO, um programa de revitalização da zona ribeirinha da Moita, o presidente da Câmara da Moita diz que a autarquia assumiu um compromisso, na sequência do Congresso do Tejo, no sentido de procurar juntar agentes do Arco Ribeirinho Sul, que começa em Almada e acaba em Alcochete, de modo a: “possibilitar uma articulação de projectos e intervenções e eventuais candidaturas conjuntas”, ao que remata: “É fundamental articular os diferentes projectos para permitir a “continuidade da zona ribeirinha”.

(...)

Quanto à questão do Plano Director Municipal (PDM) da Moita, diz que actualmente essa questão está entregue à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), depois da decisão a nove de Julho “sobre as 16 alterações que tiveram o parecer da Comissão Técnica de Acompanhamento”. Acrescentando que aguardam a sua resolução: “Temos esperança e a convicção de que o processo, depois deste tempo todo, siga para decisão superior, para ter o seu términos em breve prazo”, comenta.»

Sendo toda esta "conversa" uma espécie de elogio em causa-própria a meio do mandato, julgo que é obrigação mínima do AVP produzir, nos próximos dias, o seu próprio balanço deste meio mandato, jogando taco-a-taco com a propaganda do presidente moiteiro e colocando à vista de todos o que quem faz que é cego parece não ver.

Mas quanto à margem ribeirinha basta olhar para ela e ver o estado em que está, cheia de entulhos um pouco por todo o lado e inacessível em muitas zonas, por causa de montes de cascalho e areia, depositados pelos poderes públicos e económicos do concelho.
Quanto ao PDM parece confiar-se que, com as novas directrizes governamentais para a agilização de procedimentos, muito do que nos PDM's agora é controlado, passe a ser só da responsabilidade da autarquia e., como tal, vai ser um fartar-vilanagem.