Um marco centenário, ponto de paragem desde 1861, para os homens e mulheres, ferroviários, corticeiros, operarios das fábricas, todos os que construíram esta terra e este concelho humilde mas orgulhoso dos seus valores.
É isto, o que significa a Estação do caminho-de-ferro em Alhos Vedros.
Nenhum de nós se opõe à modernidade e ao progresso, sabemos quão dificil é saber conjugar património e funcionalidade, historia e futuro,tal como se faz nos países do primeiro mundo... afinal, demolir para construir de novo é apenas obra para caloiro de engenharia ou arquitectura, que tentará deixar assinatura num projecto descontextualizado e descaracterizado. Se ao menos não houvesse espaço...se não fosse possivel utilizar os dois hectares a nascente, se o largo que serve a estação fosse um exemplo de desafogo,se não fosse possivel mexer na cota da propria via, se as plataformas soterrassem a estação enfim, quanto é que esta geração miserável e inquisitória já fez para branquear a nossa memória colectiva a troco dumas tambem miseráveis mordomias.
Há pouco tempo destruíram o edificio da primeira sede do concelho, empobrecendo todo o municipio, sim,não só a vila de Alhos vedros mas tambem a Moita e todo o concelho.
É património de todos nós!!
Em tempos demoliram o antigo poço mourisco, cujas marcas são bem visiveis. Há memória de tentarem pegar fogo à igreja de S.lourenço.
A capela da misericordia está como está.
O pelourinho anda dum lado para o outro até um dia.. Demoliram o antigo predio dos correios para dali restar um largo lamacento e degradado.
Deixa-se cair os moinhos de maré da enxarroqueira e o moínho novo.
O quinhentista palácio dos condes de SamPayo em ruína, ao lado do moínho do cais, o qual, recuperado esse sim, ficará para as gerações que nos seguirem.
Dêm-se alvíssaras!! Hoje, na historia dos transportes deste concelho, é Alhos Vedros que vai seguramente perder, já tem a sentença lida não duvideis, amanhã é a Moita e assim sucessivamente...lamento
João Mário
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