Manuel B., ilustre munícipe da Moita, desaparecido vai para mais de 24 horas…
· Manuel B. apresentou-se a debate como um antigo preso político durante 7 anos às ordens de Salazar e Caetano. Terá sido?
· E como um amigo na Moita do Partido Comunista, porventura militante mesmo. Será que será?
Ficamos a saber, pela Caixa de Comentários do post "Esqueceram-se de dar corda ao relógio", in Alhos Vedros ao Poder, que vive no concelho da Moita um nosso concidadão de nome Manuel B.
Manuel B. é o nome escondido desse nosso concidadão.
Foi no passado um antifascista corajoso, já lá vão mais de 41 anos, e pagou o seu arrojo revolucionário com 7 anos de prisão, ao que nos diz.
Hoje contudo virou situacionista, e é agora alguém muito medroso.
Disso retirando afinal uma vantagem principal: pode defender com as armas mais sujas a política seguida na Moita pela Câmara Municipal.
E como é pessoa que não ousa dar o seu nome por inteiro, pode fazê-lo ao bom estilo trauliteiro.
A presente reflexão parte assim pois de um facto menor, uma reles alarvidade de Manuel B., ou lá como se chama o dito Senhor, para se demorar um pouco mais sobre a guarda avançada, a tropa de choque ideológico que aqui na Moita defende o Partido Comunista.
Uma defesa que é uma miséria total, como adiante se verá afinal.
2. Mas que raio de política defende afinal o Senhor Manuel B.?
Manuel B. defende um governo local, onde a força política maioritária é o Partido Comunista.
Manuel B. ufana-se com a Festa do "Avante!", iniciativa do PCP.
Logo, seria lógico concluir-se que Manuel B. defende e serve a política do PCP.
É aliás de imaginar que, tal como os eleitos da Partido Comunista à testa da Câmara Municipal da Moita, também Manuel B. se passeie por aí com um emblema do PCP ao peito, reluzente e bem visível.
Defende e serve pois o Senhor Manuel B. a política do PCP?
Parece.
3.Nem tudo o que parece é
Acontece que na vida, muitas coisas há ao alcance da nossa visão, que parecem, mas não são.
Será porventura o caso de Manuel B. e daqueles que ele parece na Moita defender.
4. O caso das liberdades e da participação cívica das pessoas
O que diz o Partido Comunista sobre a participação das populações na vida política democrática?
Entre outras coisas, diz o Programa do PCP[1]: Exige a organização do poder político de molde a prevenir e a impedir actuações ilegais e arbitrárias dos órgãos respectivos e a assegurar a participação popular nas decisões da política nacional.
É aliás isso o que o PCP sói defender noutros lugares.
Na Moita, o poder local dá-se mal com a participação popular e, não a podendo controlar, em vez de se regozijar com a participação cívica das pessoas, vira-lhe as costas, chega mesmo a sair pela porta dos fundos ou simplesmente silencia-a com artificialismos ilegais e outras formas de tentar sem êxito fazer calar as populações.
Como se posiciona afinal Manuel B., outrora muito corajoso, ao ponto de ter pago cara a sua coragem com 7 anos de cárcere no tempo do fascismo, mas hoje muito medroso, tanto que até da própria sombra foge e com o próprio nome revelado em público agora se apavora?
Bem, Manuel B. defende os eleitos do Partido Comunista na Câmara da Moita, e fá-lo contra a política tradicional do PCP, contra a tese oficial do Programa do PCP.
5. O caso da especulação urbanística
Quais as posições políticas do Partido Comunista em geral sobre esta matéria?
Bem, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do Partido Comunista, relembrou-as a 28 de Agosto passado em Alcochete.
E o Jornal "Avante!" escreve sem surpresas sobre elas recorrentemente, quer denunciando os negócios muito nebulosos sobre a matéria.
Na linha aliás do Programa do PCP, que diz[2] com clareza que "o direito à habitação será assegurado pela realização de uma política de combate às carências de habitação e a aplicação de uma política de solos e de ordenamento territorial que crie solos e zonas urbanas com qualidade, e infraestruturas não sujeitas à especulação".
Na Moita, é tudo bem ao contrário. A especulação financeira e fundiária não precisa aqui nem de atacar pela calada da noite, nem de apanhar boleia numa qualquer Empresa Pública, em vésperas ou antevésperas de privatização. Os especuladores actuam aqui em acordo oficial com o governo local, com documentação, e mais documentação e mais ainda toda a papelada devidamente protocolizada.
Histórias de passagem da noite para o dia de valores de solos rurais, em reserva agrícola e em reserva ecológica, dos 40 mil contos a 1 milhão de contos, ou noutros casos aos mais de 5 milhões de contos, mediante uma assinatura e um carimbo da Câmara Municipal, ao abrigo das mui famosas cláusulas nº 3 dos ainda mais famosos Protocolos.
Como se posiciona afinal Manuel B., outrora muito corajoso, mas hoje muito medroso?
4 comentários:
Estou em estágio para a Festa do Avante.A tradição é comer bem e beber melhor.
Como é de calcular aguardo os próximos capítulos.
Manel, manda-os comer no sitio do costume.
Encontramo-nos no café da amizade?
Esta gente reles ficam piurços com a Festa do Avante. O tagarela do Louça até já fez um comicio de abertura uma semana antes do PCP. Depois de umas férias nos locais capitalistas eis que surgem cheios de pica!
A Festa do Avante é boa é, tem mais anti-comunistas que destes. Tem bebedeiras de cair e droga a rodos. É uma forma do PCP esconder o financiamento dos especuladores imobiliários que recebe pelos favores das câmaras municipais que domina. Já ouviram falar em 400 mil contos de financiamento eleitoral ao PCP/CDU há 2 mandatos atrás? E na Fonte da Prata ouviram falar? O resto deduzam. Há quem tenha sido do PCP e até vereador que saiba. Mas pode ser maledicência, pois demitiu-se daquela gente. Acreditar? Duvidar? Fica sempre a dúvida no ar.
Pois, pois.... conversa de merdum. Inveja. Pela construção, manutenção e maior acontecimento politico cultural do país. Ah, pois é!
Droga? No seu bairro não há? Em festivais de música não há?
Não. É só na festa do avante!
Hipócritas!
Enviar um comentário