A entrada no Euro fez com que o mercado de exportações português perdesse competividade devido à subida de tudo de 1 escudo para 1 euro, tudo ficou pelo menos o dobro mais caro. Por outro lado as empresas estrangeiras que cá se tinham instalado, lembreme-nos da Gefa, Helly Hansen e Guston, só para citar 3 exemplos de multinacionais que estavam instaladas em Alhos Vedros, foram deslocadas para outros países onde a mão de obra é mais barata. O número de trabalhadores desempregados subiu assim e Alhos Vedros passou do núcleo urbano que dava mais emprego no actual concelho da Moita para o que mais fábricas tem encerradas e a ruir sem terem sido tomadas medidas das reconverter ou das destruir, deixando ao tempo e intempéries a sua destruição física... Como anteriormente o tinha sido no caso das corticeiras, que existiam em Alhos Vedros e que por esperteza e espionagem industrial viram ser deslocadas para o norte de Portugal, para a Corticeira Amorim a sua laboração, especialmente de aglomerados de cortiça, sector que a Corticeira Ibérica dominava tecnológicamente e com os metódos mais avançados até finais da década de 1970.
O caso dos textéis é sintomático da quebra de emprego aqui e no centro e norte de Portugal, tendo encerrado a maioria das fábricas nacionais e multinacionais devido à entrada no Euro.
Aquando da entrada de Portugal na moeda da zona Euro, os governantes da altura acreditavam que Portugal seria apenas um País de sector terciário e que o facto de estarmos na União europeia era por si só o garante de estabilidade económica. Foram dados subsídios para que os agricultores deixassem de produzir e destruíu-se a maior parte da nossa frota pesqueira, dando inclusive incentivos aos pescadores para que isso acontecesse, nós que temos a maior zona marítima da Europa.
Os agricultores vitivinícolas foram inteligentes e souberam reconhecer que os vinhos portugueses são os melhores do Mundo e agora a exportação e a grande variedade de marcas é um dos factores de maior sucesso na nossa agricultura. Outros produtos agrícolas de qualidade podem e devem ser criados usando tecnologia de precisão agrícola, (rega computurizada rega gota a gota, por exemplo) aliada a um plano de irrigação que poderá e deverá ser feito aproveitando a barragem do Alqueva,
A colonização do interior do País, actualmente desertificado deve ser implementada e incentivada, dando apoio aos novos agricultores e aos novos colonizadores.
A pesca e a piscicultura tem de ser o grande desígnio nacional, a frota de navios pesqueiros tem de ser reencentivada e os nossos portos marítimos requalificados e preparados para receber navios de grande porte,
A saída do Euro terá um efeito de revitalização da nossa economia e fará competitiva a nossa produção exportadora agrícola, piscícula e industrial de produtos de qualidade a baixo preço devido à desvalorização da moeda, o Escudo.
A continuação na actual União Europeia, que actualmente não passa do eixo Alemanha-França tem de ser repensada e não propondo uma saída da UE, imediatamente, por motivos transnacionais que explicarei particularmente noutro post, acho que a vertente terá de ser essencialmente Atlântica e discutida particularmente com essa possibilidade de Portugal se tornar na Europa o veículo de entrada de exportações dos Países Lusófonos, especialmente de Angola e Brasil.
A condição eropeia e principalmente, Atlântica passa também por uma reaproximação ao nosso aliado de sempre, a Inglaterra e seu aliado de sempre e antigo colonizado, os Estados Unidos da América do Norte.
O Atlântico sempre foi para Portugal e para a Inglaterra o foco de expansão e o Brasil e os EUA, são a prova disso, esse eixo Atlântico será explanado noutro post.
A sobrevivência de Portugal não é só um factor de sobtrevivência nacional e só por isso já seria o suficiente para a implantação de uma 4ª República, passa também pela posição geostratégica e pela língua que compartilhamos com as outras Nações Lusófonas, o Português. Exactamente como o Inglês o é para o Atlântico norte.
A Europa central com a hegemonia Alemã, o seguidismo de França e a orbitação dos países saídos do antigo bloco de leste e da divisão da Jugoslávia, com as suas dezenas de línguas e a fragmentação a curto prazo de ´"países" como a Bélgica, a Itália e a Espanha em mais países, torna inviável uma CEE quanto mais uma União Europeia ou a maior loucura, um federação europeia!
A UE e o Euro estão a prazo e o prazo é cada vez mais curto.
AV2
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