sábado, setembro 30, 2006
Entretanto, pelos Brasis...
... parece que apesar da escandaleira generalizada, Lula da Silva se arrisca a ganhar as eleições presidenciais logo na 1ª volta, demonstrando várias coisas ao mesmo tempo sobre a vida política em sociedades em que a democracia vale o que vale.
Depois das campanhas gongóricas contra a corrupção e clientelismo dos presidentes anteriores, incluindo o caso mais emblemático de Collor de Mello, eis que Lula e o PT se converteram ao sistema que transforma a ideologia num mero enfeite das estratégias de manutenção do poder a todo o custo.
Lula é apenas um caso mais patético do que Blair, ou antes deste Mitterrand, porque mais inepto e porque alguém ainda teria esperança que o Brasil fosse governável sem que os detentores dos recursos do Estado se mantivesse por lá sem alimentar gordas clientelas de cores variadas.
Lula é apenas mais um, pelo que nem chega a ser a desilusão que alguns esquerdistas renitentes cá do burgo agora afirmam ser.
Lula foi-se tornando um político como os outros enquanto sofria derrotas, tal como Miterrand e os Trabalhistas ingleses, cultivando o desejo incontrolável de, uma vez alcançado o poder, não o largar, mesmo que para isso fosse necessário recorrer a todas as artimanhas apontadas aos antecessores.
Nem sequer é especialmente original.
No meio disto tudo, acabo por relembrar com saudade o Bill Clinton.
Pelo menos ele mentia por causa de motivos sexuais, nomeadamente ter estagiárias viçosas e roliças ajoelhadas perante si em (ad)oração.
Essa, pelo menos, era uma razão decente para se mentir ao resto da malta.
AV1
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