terça-feira, setembro 19, 2006

Hoje é dia de Raminhos

Salvo seja.
Estou apenas a ler a entrevista dada ao jornal O Rio e a reflectir de forma tão madura sobre o assunto, que acabei de cair da cadeira.
Todos sabem que, apesar de me se eriçarem os pelos da nuca só de ouvir falar em alguns líderes nacionais do BE, tenho uma razoável consideração por alguns ex-udpistas locais que passaram em massa para o Bloco e em particular pelo Raminhos, em quem votei para Plesidente da Câmara, tendo acabado por ficar como vereador o que não é nada mau.
Só que o Raminhos é o Raminhos.
Rapaz calmo, ponderado, cheio de civilidade e ansioso por gerar consensos.
Felizmente continua com as mesmas ideias de há 20 anos o que, quando são boas, é um bom indicador.
Mas o problema também passa por aí, o que significa que 20 anos depois o discurso continua o mesmo, só que a realidade cada vez piorou mais, em especial nas matérias ambientais em que sempre estivemos quase completamente de acordo.
E em 2009 quando se acabar o mandato, estarão na mesma como estão.
É a chamada inacção ou, em alternativa, a falta de uma acção capaz de induzir uma mudança.
E depois há aquela maneira construtiva de dialogar com os poderes, perguntando e esperando pelas respostas que nunca surgem e que quando surgem parece que são como que favores que são feitos.
Enfim, no dia que o Raminhos der um murro a sério numa mesa, eu visto um kilt e vou tocar gaita de foles para o Coreto.

AV1

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