segunda-feira, setembro 18, 2006

Memórias ribeirinhas





Corria o ano de 1987.
Ainda quase ninguém que agora é alguém no Poder Local passava de zé-ninguém.
Mas já havia quem se chateasse com as coisas do Tejo e colaborasse com quem fazia algo em sua defesa.
A Quercus e a Geota tinham acabado de nascer formalmente.
Bons tempos.
Ainda se ia a tempo de fazer qualquer coisa, mas há sempre outros valores que se alevantam e a malta desmobiliza.
Mas há quem se tenha governado e ainda governe à conta dos ambientalismos.
Alguns basta dizerem que o são e fazerem ZERO.

AV1

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, as associações ambientalistas actualmente - e desde há muitos anos - só servem para denunciar nas TV's a falta dos estudos de Impacte, não porque isso seja muito importante para o ambiente, mas apenas porque são os gabinetes e ateliers dos Doutorados e mestrados do ambiente que serão os adjudicatários de tais estudos. Ao mesmo tempo que integram as direcções das organizações "sem fins lucrativos" ambientais. E ao preço a que esses estudos de impacte se pagam . Ainda me lembro que o estudo de Impacte do troço da A1 Carregado-Aveiras foi pago na época a 500 contos o Km. Curiosamente foi um grupo de finalistas que fez o estudo como trabalho final. Eu dactilografei-o - ainda não havia PC's em uso corrente - e até desenhei as cartas de exposição. Velhos tempos da solidariedade na academia....

A eficácia das organizações ambientais mede-se pelo acesso reclamatório que tenham ás televisões e pela riqueza dos seus dirigentes auferida na exacta proporção.

Os catedráticos do ambiente quando reclamam da casa do Nobre Guedes na Arrábida não é por causa da ocupação da zona protegida. É apenas pelo despeito de a casa não ser, antes, deles.

Anónimo disse...

Há mais de uma década, estive quase, quase a entrar para uma equipa que is fazer um estudo (o 643º) de impacto ambiental do Alqueva.
Mas a luta pela realização de tais estudos para a EDA (ou EDIA ou lá como se chama), era tão feroz que fiquei com receio pela sobrevivência da espécie de certos ambientalistas profissionais.
Amigos, amigos, estudos á parte.
Acho que até tirar olhos era permitido.