terça-feira, setembro 26, 2006

Razões para estar feliz - Parte 2

Ao contrário do meu colega co-editor que é um purista nato em matéria musical, que só gosta da "coisa em si", eu sou todo dado a ser convencido por versões do que já foi feito no passado, desde que não sejam de profunda fancaria.
Mas desde que feitas com jeitinho e sinceridade, para mim as réplicas são uma bela homenagem aos originais.
Por isso, com o actual revivalismo alargado de quase tudo o que fez as minhas delícias há 25 anos, sinto-me nas sete quintas depois da tristeza que foi o panorama musical de final dos anos 90.
Agora, tirando mesmo o que é inimitável (Talking Heads, Madness, Specials, Police, Ian Dury e pouco mais) toda a herança do bau de final da década de 70 e início de 80 tem sido recuperada e revalorizada, pelo que eu ouço quase com tanto agrado os Radio4 como os Clash, os Arctic Monkey, os Jet, Kings of Leon e todo o white trash que por aí há como muito punk e anexos, ou os Franz Ferdinand, os Editors, os Interpol ou os Muse como o melhor da new wave do início dos anos 80, não esquecendo toda aquela reinvenção artificial neo-romântica dos Belle and Sebastian, Kings of Convenience, Camera Obscura e por aí abaixo, não esquecendo os Pink Martini e os Nouvelle Vague ou mesmo os Scissor Sisters a recuperarem o melhor do tão injustamente odiado disco, versão Bee Gees.
É verdade que nada é totalmente original, mas também é verdade que ao fim de umas décadas um tipo chateia-se de ouvir sempre as mesmas coisas e há que dar uns anos de folga para recuperar o gosto pelas antiguidades.
Daí o meu prazer em meter sempre uns videozitos de novidades leves da pop que tanto irritam os mais sérios amantes da "boa" música.
Mas se eu nem com os Beatles vou muito á bola, já devem ter percebido que sou um caso quase perdido.
Mas contentinho, apesar de tudo.

AV1

2 comentários:

AV disse...

Mas eu adoro os Scissor sisters !

AV2

Anónimo disse...

Ficaram lá para existir uma "ponte" de consenso.