Nega - no caso do moiteiro legítimo, com certificação de origem cravada no lombo, tem duas dimensões. A primeira é a da negação de qualquer responsabilidade sobre qualquer acto de que se adivinhem consequências nefastas. A acreditar no seu próprio esforço por negar tudo o que fez, está a fazer ou fará, o moiteiro é completa e perfeitamente inimputável e viverá num estado de permanente sonambulismo que o torna incapaz de reconhecer as suas acções. "Não fui eu" é o seu lema, sempre que o problema aperta. A segunda dimensão das negas moiteira é do foro mais íntimo e é o reverso privado da medalha da sua macheza pública ostensivamente propalada aos sete ventos. Porque, e penso que qualquer tipo de ciência o provará, o moiteiro só se excita verdadeiramente nas largadas e boiadas sempre que vê aqueles flancos bivinos a adejar-lhe frente aos olhos. Aqueles quartos traseiros de bela carne vacuum, capazes de despertar toda a sua líbido ineficaz para consumo interno, após a devida sujeição aos actos procriadores e logo que se contorna a trintena de anitos. Não se deixem enganar por todo o alarido verborreico que ele expele sempre que vê um rabo de saia pela rua, aquilo é tudo foguetório de pólvora seca pois como se explicaria, de outro modo, o galopante consumo dos comprimidinhos azuis? Não há assim tantos adeptos do Porto e do Belenenses na Moita.
Júlio Machado Incapaz (sexólogo-generalista do AVP)
1 comentário:
No A-Sul, Nuno Cavaco versus Comité Central do PCP.
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