quinta-feira, abril 12, 2007

O Antropólogo lá da "terriola"

Confesso que gostava de conhecer pessoalmente o técnico camarário, licenciado em Antropologia, Vítor Pereira Mendes.
Gostava, a sério que gostava.
Porque apenas por via da leitura a coisa realmente não dá.
O misto de peneiras, três pós de cultura geral e muita dissimulação são uma combinação de demasiada moitice para ser verdade.
Nesta semana, no Jornal da Moita, depois de umas deambulações histórico-culturais decide alfinetar - se é que bem percebi a coisa - alguns "vanguardistas" de Alhos Vedros (claro que ele não nomeia ninguém, mas é dos que é contra as insinuações e ataques anónimos, coerências antropológicas, eu sei...) por aparentemente se terem chocado com uma performance meio-nudista durante a Quinzena da Juventude. E fala de AV como "terriola", o que é certamente um tratamento carinhoso e próprio de um ex-autarca moiteiro.
Nada que não se esperasse de tão caricata figura, sempre pronta a colocar-se em bicos de pés, para não dizer em pontas, porque pode dar-se a mal-entendidos.

Mas sobre a substãncia disto, apetece-me ainda escrever mais algumas coisas:

a) Em Alhos Vedros não existem "vanguardistas". Quanto muito há admiradores de rectaguarda. Se VPM se está a referir a quem eu penso, nem há 25 anos foram vanguardistas, quanto mais agora que estão instalados na vida e são adeptos do politiquinho correctinho.

b) A performance com os corpos e não sei quê também não é vanguardista, pois isso é coisa que já se faz desde os anos 60 e fez escola nos anos 70. Não assisti, ouvi falar, não posso avaliar da cólidade cóltural, mas nem me choca nem deixa de chocar. Antes pelo contrário.

c) VPM poderia ter a capacidade de enfrentar os seus demónios e, em coerência, nomear do que fala, pois ele é daqueles que manda os outros dar o nome aos bois, mas ele dá dois passos atrás e só se fica por insinuações ressabiadas.

d) Quando é que é criada uma Ordem dos Antropólogos para certificar os títulos? É que escrever sobre boiadas e recolher fotografias não chega para ser "engenheiro das antropologias".

Mas continuo na minha. Preciso mesmo de ir à DASC conhecer esta luminária do saber e da denúncia do vazio cultural.
E que não se queixe de ataques "anónimos", porque o que faz é exactamente uma versão do mesmo porque ataca sem nomear os atacados, para sempre poder dizer que foi mal entendido.

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