domingo, maio 04, 2008

Os pobres que paguem a crise!

Do Jornal de Notícias:

«Seis mil gerentes dizem ganhar apenas o salário mínimo nacional
Há seis mil gerentes e directores de empresa que garantem ganhar apenas o salário mínimo. Nestas empresas, portanto, nem um trabalhador tinha um vencimento mais baixo do que o do responsável máximo. E nas mais pequenas, o vencimento médio dos líderes rondava os mil euros, brutos. "Pouco realistas" e "pano para mangas para o Fisco", são algumas expressões usadas por empresas de recrutamento, conhecedoras dos salários correntes usados no mercado, para classificar a declaração de valores tão baixos, mesmo em tempo de maior aperto económico como o actual.
Os dados foram apurados pela maior base de dados laboral portuguesa - os Quadros de Pessoal (neste caso, de 2006, os mais recentes), a cargo do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), do Ministério do Trabalho. Nesse ano, o salário mínimo foi de 385,90 euros, bruto. Por lei, está isento de IRS mas não se livra de entregar perto de 40 euros (11,5%) para a Segurança Social. Ou seja, os seis mil gerentes e directores asseguraram levar para casa apenas 343,45 euros, todos os meses.»
Divertido mesmo é se os trabalhadores destas empresas ganharem mais do que os directores.
Isto é a pouca vergonha em forma de «sistema».

4 comentários:

Anónimo disse...

Sempre gostava de saber como conseguem pagar os Audis, as vivendas, coutadas no Alentejo e em Espanha, os Jeeps, a casa do Algarve e as patuscadas no Campino.
Milagres...

Anónimo disse...

É sempre bom vereficar alguns aspectos desta realidade.

Existem gerentes que por exigência de representação de interesses ou capitais estão obrigados a desempenharem estas funções em mais de uma empresa.
Na realidade, ou por razões especificas do negócio ou por razões de ordem fiscal constituem-se empresas por estes motivos.
Partindo do princípio que já fazem os seus descontos numa das empresas, existem razões suficientes para não auferirem mais do que salários das empresas associadas.
Parece-me que este será o caso da parte siginificativa destes tais 6.000 gerentes.
Julgo mesmo que com a actual perseguição das Finanças a tudo quanto cheire a dinheiro, uma fuga a impostos por esta via não é muito inteligente.

Saudações

Anónimo disse...

Além do facto anteriormente e acima mencionado, que obriga os gerentes a declarar como ganhando mesmo que não ganhem, eu ainda posso afirmar que conheço pessoalmente vários em que a frase "Divertido mesmo é se os trabalhadores destas empresas ganharem mais do que os directores" é a pura verdade e os seus donos/gerentes chegam a ter meses em que nem o mínimo ganham para garantirem que pagam os ordenados ao pessoal.

Depois há os trafulhas mas a esses, se o Fisco quisesse mesmo muito, é muito fácil deitar a mão.

Mas nem o Fisco nem a Judiciária lhes querem deitar a mão, como nós sabemos bem e temos bons exemplos advogatícios aqui tão perto.

Até mais.

Anónimo disse...

pois...coitados.