quarta-feira, julho 02, 2008

Se derrubam este muro também então há GUERRA !


Não é simplesmente um muro...

Nem tudo o que fica de fora da classificação do Instituto Português do Patromónio Arquitectónico (IPPAR) deixa por isso de ter interesse para as populações locais.
A afectividade às coisas da terra e a vontade de preservar vestígios do que fora o seu passado, leva por vezes as populações a reivindicarem a sua preservação mesmo que a estrutura em causa não seja uma obra arquitectónica de relevo, mas que, pela sua beleza e pela história que ela própria representa, pensam que deveria merecer o interesse das autoridades autárquicas, nomeadamente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros e da Câmara Municipal da Moita.

Refiro-me ao muro que fica na rua António da Silveira, junto às antigas instalações da fábrica BORE e onde actualmente se situa uma fábrica de cortiça dos Caiados.
De facto, actualmente é apenas uma fábrica de cortiça cuja insdustria se encontra em fase de decadência por estas paragens, mas quem perder algum tempo a contemplar a parte frontal daqueles muros, decerto que lhe virá à memória vestígios de alguma antiga quinta senhorial, pois só alguém com alguma abastança se preocupava em exibir aqueles portais, destinguindo-se assim daquela forma das pequenas quintas sob a posse de pequenos proprietários rurais.
A exemplo do que se fez com a fachada da antiga fábrica Corchera Portuguesa e da Silcork em Alhos Vedros, que nos recordam a importância do passado da industria corticeira desta vila, a parte frontal daquele muro podia perfeitamente ser salva da sua demolição e, com esse acto que seria de uma importância cultural para quem aqui vive, não se deixava apagar mais um marco do passado desta vila com cerda de 500 anos de história, sendo uma das estruturas a preservar dada a sua beleza, cujos vestígios lembrariam às gerações vindouras o passado rural da vila de Alhos Vedros.

Sabendo-se que ali vai nascer uma urbanização assim como novos acessos ao centro da vila, e sem querer interferir no seu ordenamento, sou da opinião de que com alguma sensibilidade cultural por parte da Junta de Freguesia de Alhos Vedros e da Câmara Municipal da Moita, se poderia evitar a demolição daquela estrutura, recomendando-se ao arquitecto responsável pela urbanização daquela área alguma imaginação, com o objectivo de enquadrar aquela estrutura rural na modernidade do complexo habitacional ali a construir.

Seria de facto enriquecedor para Alhos Vedros, para aquela área envolvente e seus moradores, uma vez que e ao abrirem as suas janelas se sentiam próximos e de paredes meias com aquele portal, cuja beleza, se devidamente recuperado e enquadrado no meio urbano, pintado de branco e adornado com tons de azul, decerto que lhes lembraria uma outra realidade há muito em decadência e relacionada com o passado e a vida rural desta vila, assim como lhes recordaria (apesar de cercado pelas muralhas de betão que cada vez mais a envolvem), uma outra faceta da sua história que já vai ficando esquecida no tempo.

Carlos Vardasca
30 de Junho de 2008

6 comentários:

Anónimo disse...

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Portaria n.º 569/2008
de 2 de Julho


(...)


Artigo 1.º

Competência

A competência para a tramitação do regime especial de constituição imediata de associações é alargada às seguintes conservatórias:
(...)
e) Conservatória do Registo Comercial da Moita;


http://www.dre.pt/pdf1sdip/2008/07/12600/0411104112.PDF

Anónimo disse...

Mas! Mais prédios para quê?

A Urbanização da Fonte da Prata está parada há anos.

Nas outras de menor dimensão ainda existem inúmeros fogos em venda.

Existem inúmeros fogos em venda por todo o concelho, basta visitar as imobiliárias, e que se mantém em venda há imenso tempo.

Para quê mais betão?

Anónimo disse...

Quando o Garcia Chegara presedente passa-lhe com o caterpilar por cima

Anónimo disse...

Visse-Garcia escuta, os "muradores" estão em luta!!!! aquele muro é suspeito, é ali que os conspiradores dos muradores se vão lamentar. Destroi aquilo antes que lá vá mais uma manifestação espontanea!! Ou manda arautos da Dinis Ataíde bradar em surdina que a CACAV quer é um muro pra construir um urinol para a sua futura sede!!!Vá, tens que avançar, pôe gasolina no catrapila, e pela calada da noite derroca aquele indigesto muro memorial dos tempos dos maiorais, dos latifundiarios, dos sangues azuis e coisa e tal!!!Vá, que eu apoio-te como sempre. Se preciso for até mando o meu cão mijar nas bases pra minar a estrutura. Saudações....

Anónimo disse...

Garcia, eu cá também mandava o cão, mas como já tens LOBO nã precisas.

Manda aquele símbolo fascista e retrógrado a baixo.

a união faz a força.

Anónimo disse...

pronto, já deram a dica à cambada, agora, quando for da defesa do muro em vez de trazerem um disco riscado como o que apareceu na Estação, trazem o Jeronimo!

que até era giro....pois vai uns anos que não privo com ele....