sábado, março 26, 2005

Secção Gastronomia



Uma maneira fácil de reconhecer um dos editores deste blog é vê-lo a ler, com a devida calma, a secção de crítica gastronómica de alguma imprensa.
Longe de se rum ás na cozinha ou mesmo de ter uma vasta experiência na área da restauração, não deixo porém de achar que alguns dos críticos gastronómicos da nossa imprensa são dos melhores prosadores e investigadores da cultura portuguesa que temos.
Antes de mais o nosso maior Saramago - Alfredo Saramago - com a sua monumental sabedoria sobre a comida popular, em especial do Alentejo, mas não só.
A par, o grande José Quitério, talvez o mais antigo em actividade contínua e aquele que, ao longo de muitos anos no Expresso, faz as mais qualificadas crónicas restaurativas da nossa imprensa.
A seguir, e durante uns tempos, apreciei ainda enormemente as crónicas nesta área de um senhor que se dava pelo nome de Hervias y Mendizabal (ou algo parecido) que escrevia na revista do Independente e que também percebia razoavelmente da(s) coisa(s): comida e escrita.
Isto apenas para justificar a aquisição, há umas semanas do Guia 2005 da Boa Cama e da Boa Mesa do Expresso que só agora pude começar a desbastar devidamente.
Como eu já supunha, a nossa zona não é particularmente bafejada em termos restaurativos, pelo menos a avaliar pelas sucessivas edições críticas deste género. Confesso que, aqui por perto, gosto do Alfoz em Alcochete (pró carote), do Alcanena na Quinta do Anjo (carote, mas compensando o investimento) e não muito mais porque sai caro comer fora. Quanto ao Guia propriamente dito, as sugestões próximas são escassas - o Arrastão, na Praia dos Moinhos em Alcochete (que desconheço em absoluto), o Girassol, em Sarilhos Grandes (por fora, ninguém diria), o dito Alcanena na Quinta do Anjo e, já mais longe, o Rédea Solta na Herdade do Rio Frio (fechado boa parte da semana).
Como estamos na Páscoa, que dizem ser momento de reunião familiar, se calhar ainda vou experimentar um destes que desconheço.

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