Não sei se é do calor, ou se o meu neurónio crashou, mas ultimamente, vêm-me ideias estranhas, como por exemplo, o que é a coragem, ou a cobardia...
Só em momentos de perigo é que poderemos dimensionar a nossa coragem, embora o stress, nos faça estar sempre alerta, mesmo quando aparentemente não existe um perigo real, para a nossa existência.
Ponho-me aqui a pensar se seria capaz de me oferecer como voluntário para um qualquer ataque suicida, ou integrar um exército que combatesse, sabendo que não sobreviveria a uma batalha, ou se num campo de concentração, soubesse de antemão que seria morto e só esperasse o dia e a hora em que o seria...
Já muitas vezes me senti em perigo e senti medo, mas até agora tenho conseguido evitar o pânico, mas o risco de vida se existiu, não foi, ou penso não ter sido, muito grande.
Em contrapartida nos momentos em que corri mesmo risco de vida, num acidente de viação, quase mortal, lembro-me de ter encontrado uma estranha euforia, que me fez não sentir a dor e também encarar o facto com naturalidade e até sentido de humor.
Acho que o ser humano, se descobre mesmo é nos momentos de maior risco, é quando a sua vida ou morte, passam a ser apenas circunstanciais ao momento de perigo, não contando muito a perca ou o ganho da existência, mas a sublimação do eu, perante um facto que se vai confirmar ou não.
Claro que tudo isto é muito mais fácil de entender, quando se está em grupo e se milita ou combate por uma ideologia, ou religião...
Mas se não houver nada disso e a luta ou o projecto, forem puramente individuais ?
AV2, (este calor está a acabar comigo)
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