sábado, janeiro 20, 2007

O Maior Português de Sempre

Acho que é este fim de semana que se vai saber qual dos 10 mais votados é considerado o maior de todos.
Esta de o "maior" tem muito que se lhe diga.
O que significa?
O "melhor"?
O "mais importante"?
O que teve maior influência nos destinos do País?
Ou o que teve (ou tem) maior projecção internacional?
Não sei.
Sei que aquele em que votei está nos 10 primeiros, com tranquilidade e sem polémicas.
Obviamente não votei em nenhuma das figuras do século XX, pois o seu impacto é para mim relativo na História Nacional.
Salazar teve uma enorme influência no país, mas considero que a sua acção foi profundamente negativa. Nunca poderia votar nele.
A sua nemésis, Cunhal, apesar da extensão da sua vida política, teve um impacto reduzido na vida de Portugal, se exceptuarmos o período de 74-75. Para além disso, e por muito que se puxe à utopia, as suas concepções políticas revelaram-se humanamente muito falíveis e causadoras de abusos terríveis.
Aristides de Sousa Mendes foi um homem de alma e coragem enorme. Certamente o "melhor" de todos os 10 da lista, mas foi redescoberto há pouco e a sua influência em Portugal foi quase irrelevante. Para muitos milhares de judeus foi um salvador, mas para os portugueses o seu impacto foi praticamente nulo.
Fernando Pessoa é notoriamente um dos portugueses de maior projecção internacional, uma personalidade fascinante, mas daí a ser o "maior" português vai um enorme passo.
Restam os seis não contemporâneos de Afonso Henriques ao Marquês de Pombal, passando pelo grupo dos Descobrimentos (D. Henrique, D. João II, Vasco da Gama e Camões). Desses eu trocava bem o D. João II pelo primeiro.
Foi ele que assegurou a nossa independência num período de identidade ainda problemática e quando castela começava a engolir os adversários ibéricos.
O mestre de Aviz é, para mim, o segundo maior português de sempre.
O primeiro, caríssimos leitores e leitoras, para mim é o primeiro de todos.
E mai'nada!

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