«Costa inicia mandato com apoio em força do Governo»
Pois, parece que o homem conseguiu um acordo com José Sá Fernandes, independente eleito pelo Bloco de Esquerda para a vereação da CML.
É um acordo algo pífio pois dá a Costa apenas mais 1 dos 3 vereadores que precisava para ter maioria.
Tentou sem sucesso convencer Helena Roseta a voltar ao rebanho.
Parece que também tentou seduzir o PCP, mas desde o início da campanha que Ruben de Carvalho afirmou que não aceitaria acordos formais ou coligações. Resta saber o que foi combinado por debaixo da mesa, pois o PC tem os tais 2 vereadores que faltam para a amaioria desejada.
Perante esta situação, acho eu que:
- António Costa ficará sempre dependente dos humores de quem quiser apoiar as suas medidas mais difíceis, nem que seja com o recurso à abstenção do PC, de Carmona ou do PC.
- José Sá Fernandes e a facção do Bloco nacional que o apoia (viu-se Miguel Portas sorridente nas televisões, atrás dele) conseguiu o seu objectivo, agarrar uma parte do poder, resta saber exactamente para quê porque é óbvio que o acordo formal apresentado publicamente em 2 anos não terá quaisquer efeitos.
- Helena Roseta fez bem em manter-se "de fora" dos "arranjinhos".
- O PCP foi coerente em "não se aliar ao Governo", restando saber se depois o não fará informalmente. Só os cegos não sabem como muita da sua gente já está instalada nos corredores do poder da CML desde os tempos de Sampaio.
- Carmona e o PSD ficam por enquanto a chuchar no dedo.
De tudo isto se depreende com naturalidade que a postura de Helena Roseta é a que mais nos agrada, aliás como desde o início sempre esperámos.
O resto são arrufos de candidatos a namorado oficial.
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