Afirma Titta Maurício que não vê que falta faz a ligação dos candidatos a deputado ao distrito por onde o são.
A Constituição dá-lhe razão, ao dizer que os deputados representam a Nação e isso foi uma fórmula essencialmente criada para evitar a defesa de interesses locais de um modo que prejudicasse o interesse nacional supremo. Não é que isso alguma vez tenha sido explicado aos deputados madeirenses do PSD ou ao senhor Daniel Campelo, quando era o único deputado eleito pelo CDS pelo distrito de Viana do Castelo.
No entanto, haverá alguma razão para existirem círculos eleitorais, caso contrário porque não se faz uma lista nacional e se distribuem os deputados de uma forma proporcional pura ?
No mínimo, espera-se que os candidatos e, depois, os deputados eleitos por um determinado círculo representem minimamente a região que os elegeu, caso contrário ficamos à mercê de pára-quedistas colocados a granel pelas direcções partidárias conforme lhes convém (mandarem o caríssimo "senador" Narana Coissoró a banhos para Faro, por exemplo).
Depois, não nos venham com a história dos círculos uninominais e com a lengalenga da proximidade entre eleitos e eleitores, a propósito da reforma do sistema político, se a ideia é subordinar tudo a interesses que são, mais do que nacionais, meramente partidários.
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