Andamos deprimidos, e depois ?

De acordo com notícia do Público e da TSF, que usam dados do Infarmed, em Portugal o consumo de antidepressivos aumentou 45% nos últimos 5 anos, o que torna o nosso país o segundo maior consumidor da Europa deste tipo de medicamentos.
Um relatório da ONU admira-se com tão elevado consumo e coloca mesmo a hipótese de se estar a dar um tráfico ilícito destas substâncias no nosso país.
Especialistas contactados afirmam que o que se passa é um problema de Saúde Pública.
Lamentamos discordar.
Só quem não conheça a realidade se pode admirar por andarmos deprimidos.
O estudo refere-se aos anos de 2000 a 2004, durante os quais levámos com o segundo Governo de Guterres, o governo de Durão/Portas e com o governo Santana/Portas.
Querem mais razões para andarmos deprimidos ?
É que os ansiolíticos e antidepressivos, com a comparticipação do Estado, acabam por ficar mais baratos do que andar a comprar erva, ou coisa mais pesada, todos os dias. Para além de que é legal.
Alguém já reparou naquilo com que deparámos quando olhamos para quem nos governou nesse anos, tipo Nuno Severiano Teixeira na Administração Interna, Paulo Portas na Defesa, Celeste Cardona na Justiça, o Figueiredo Lopes na Administração Interna, Maria do Carmo Seabra na Educação e Telmo Correia no Turismo (ou fosse no que fosse) ? E depois ainda tivemos que aturar com os fogos do costume, o discurso da "tanga", a Casa Pia, o défice, a continuação de 30 anos de baboseiras do João Jardim, o Big Brother, 50 horas de telenovela por dia, etc, etc, etc.
Quem é que se pode, sinceramente, admirar com o facto da malta andar deprimida ?
Eu não e já quase que invejo aquela malta que anda com a caixinha dos "Smarties" para todo o lado. Podem andar meio pedrados mas, pelo menos, acabam por ver esta desgraça através de uma névoa protectora.