Não interessa aqui muito ao caso, mas tive a ventura de conhecer pessoalmente este simpático senhor, actual Director do Instituto Português de Relações Internacionais e antigo Director do Instituto de Defesa Nacional.
Excelente conversador para eventos sociais, detectei-lhe então (inícios dos anos 90) um certo vazio de ideias consolidadas ou mesmo de crenças pessoais de qualquer género (para além daquela identificação com a “Esquerda”, assim com maiúscula mas sem conteúdo definido, com um pé dentro e outro fora do PS conforme as circunstâncias), para além de umas noções vagas sobre tudo, em especial sobre esse vasto território que são as ditas Relações Internacionais, onde cabe tudo e mais alguma coisa e onde as opiniões são como as cerejas, vêm umas atrás das outras e, passado uns minutos, já estão esquecidas
O momento em que chegou ao governo marcou para mim o fundo do guterrismo porque só quando se raspa o tacho das figuras ministeriáveis é que pode surgir um N. S. Teixeira porque, mesmo se bem intencionado e palavroso, não passa de uma daquelas demonstrações sobre como um carácter flexível pode chegar longe na nossa sociedade. Agora, vamos lá a ver se não nos volta o cromo porque, ao que dizem, até de boas intenções está o Inferno cheio.
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