quarta-feira, março 09, 2005

Nota Editorial

Algumas trocas de ideias em privado, fora do ambiente do blog, com um ou outro leitor, levam-nos a procurar esclarecer algumas dúvidas – quiçá mesmo desagrados – sobre a orientação de algumas das críticas que fazemos neste blog a algumas personalidades da vida local e nacional.
Embora não partilhemos da “doutrina Portas” dos tempos áureos do Independente sobre a falta de relevância da vida privada das figuras públicas para crítica “política” e para denúncia de situações menos claras, somos de opinião que as críticas dirigidas a esse tipo de personalidades deve incidir prioritariamente sobre as suas condutas e a expressão das suas ideias.
No entanto, nem sempre todos percebem isso, em especial quando se lhes aplica. Se uma pessoa decide expressar publicamente a sua adesão a um determinado conjunto de crenças ou advoga um certo tipo de comportamentos, é passível de contradita por parte de quem discorda das suas posições.
A forma como as discordâncias se expressam, na forma e no conteúdo, só (des)qualificam quem as faz. Neste blog, e mesmo com uma forte auto-regulação dos autores/editores (é verdade, somos bem piores do que damos a entender), por vezes há quem se sinta melindrado.
Não o podemos evitar e não é por isso que iremos mudar de orientação, porque isto é uma iniciativa destinada a expressar os nossos pontos de vista sobre a nossa terra e o cosmos envolvente, não um concurso de popularidade.
Podemos nem sempre estar inspirados, ter o melhor gosto ou adoptar um discurso politicamente correcto mas, podem ter a certeza, dormimos descansados com a nossa consciência (e também com as nossas caras-metade, porque somos tipos recatados).

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