Uma das poucas coisas que me ocorre dizer sobre este Governo é que o Freitas do Amaral parece ir representar o sector mais esquerdista da governação.
O resto é tudo muito ao Centro, o que, se for sinónimo de competência e independência, não é necessariamente mau.
A "ganga guterrista" praticamente não voltou (nem sequer tínhamos acabado a nossa Galeria "Vai-te Embora, ó Melga !!!!") e a maior parte dos novos ministros parecem certeiramente low profile. Já nos chegou de Morais Sarmento e afins, a dizer asneiras ao metro.
Quanto ao resto, as ausências que se notam, não são propriamente más notícias.
O António Vitorino, depois de provar ordenados europeus, ainda não matou a fome, por isso é melhor ficar de fora.
O Jaime Gama, há muito que se sabe que negociou a Presidência da Assembleia da República.
O Coelhone fica bem a tratar do Partido, que é para o que ele tem jeito.
Agora resta ver se, para as Secretarias de Estado, não se começam a mover os grupos de pressão do costume. Esperemos que o Fausto Correia não vá parar outra vez à Administração Pública ou que a Benavente não consiga enfiar-se outra vez no Ministério da Educação. Do Miranda Calha devemos estar livres (não deve aceitar cargo abaixo de Ministro) e aquela malta trauliteira do Norte (Narcisos, Varas, etc, etc) deve estar a guardar-se para as Câmaras.
Não sendo de causar grande entusiasmo, pelo menos não provoca desânimo.
Salvo um ou outro caso, não parece uma manta de retalhos, cosida à última da hora para satisfazer as facções internas.
Resta saber se há coragem para o que é preciso.
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