quarta-feira, março 09, 2005

Um (bocado do) dia na capital

Não é por causa só do Santana mas, nos últimos anos, cada vez tenho menos vontade de ir a Lisboa em dia de semana.
Tudo continua em obras, o estacionamento está mais caótico do que nunca, pois mesmo nas zonas controladas pela EMEL toda a gente estaciona onde calha, e a cidade pouco tem melhorado com a desorientação urbanística que se apossou dela.
Hoje, para reter na memória, apenas o facto de, quando estacionei no Campo Grande, ter visto uma senhora a passear o seu poodle com um abafo de lã verde com o emblema do Sporting e, pela primeira vez em 20 anos, o (informado mas super-antipático) proprietário da Livraria Lácio (ex-111, mesmo por baixo da casa de Mário Soares) me ter deixado sozinho e à vontade a escolher livros, sem me perseguir com o olhar, com medo que eu lhe surripie algum cartapácio. Se acrescentarmos que eu até ia com um casaco volumoso, é obra. Homem mais desconfiado é difícil mas para encontrar algumas raridades esgotadas é uma das hipóteses que restam em Lisboa e, por via disso, lá me arrasto penosamente até à sua presença em dias de penitência.
Será que, finalmente, começo a ter um ar respeitável ?
E, em caso afirmativo, isso é uma boa ou má notícia ?

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