sexta-feira, janeiro 12, 2007

O Altíssimo só actua a pedido?

Qual Altíssimo? Pediu-se Orçamento? Não havia nenhum mais em conta? E a Garantia, é por quantos anos?
Dúvidas Metódicas:

Paulo Macedo manda rezar missa pela DGCI
Paulo Macedo, director-geral das Contribuições e Impostos fez ontem chegar aos funcionários do Fisco uma mensagem invulgar.

De acordo com o «Jornal de Negócios», o director-geral dos Impostos (DGCI) encomendou uma missa de acção de graças pela sua Direcção-Geral e pelos funcionários dos Impostos, e convidou todos quantos se queiram juntar à celebração a acompanhá-lo, hoje, pelas 18h30, na Sé Patriarcal de Lisboa.» (Agência Financeira)

* A iniciativa foi paga pelo Estado?
* A Igreja passou Factura e lançou IVA?
* Os Serviços e as Graças Celestiais entram com que nº de CAE?
* O Altíssimo só actua a pedido?
* Nos casos de "Missa Deo Gratias", quem não agradecer corre o risco de para a próxima não ser contemplado?
* Qual Altíssimo? E os outros? E o Altíssimo com outro nome?
* O Altíssimo trabalha em exclusividade? Ou pode proteger simultaneamente o Fisco e os Contribuintes, por exemplo, contra medidas erradas do Fisco?
* Nunca houve medidas erradasde Governantes A, revogadas por Governantes B?
* Nesse caso, o Altíssimo patrocina A, ou B?
* Terá o Altíssimo Técnicos de Contas à altura para os múltiplos pedidos de Fiscos de numerosos Países, tantas vezes em simultâneo, para mais necessitando de especialistas em centenas de línguas diferentes?
* A Política Fiscal será ditada pelo Altíssimo?
* Contestar uma medida concreta do Governo A será um acto sacrílego? Blasfemo? Anti-Cristo?
* Que dizer do Segundo Mandamento que ordena "Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão (Ex 20,7)"
* E que dizer do nº4 do Artº 41 da Constituição da República?
* E do nº 1 do Artº 4 da Lei da Liberdade Religiosa Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho?

O Duvidador

10 comentários:

Mário da Silva disse...

Má vontade e desinformação da sua parte, com certeza.

É claro que foi encomendada pelo homem, que ao que sei ainda é livre para encomendar as missas que quiser com a intenção que quiser.

O homem não é obrigado a encomendar nada a religiões que não a sua... ainda.

E "convidou todos quantos se queiram juntar à celebração a acompanhá-lo", logo foi facultativo como sabe e não uma Ordem de Serviço e das pessoas que ouvi não me pareceu que estivesse a pedir o cartão de funcionário o a obrigar a picar o ponto à porta da igreja.

Esta sua má vontade é só porque o homem é cristão e capitalista?
É que não vejo outra razão, e não fosse a pessoa em causa quem é e a coisa nem seria notícia.

Agora se quiser discutir a questão dos ordenados dele, do da TAP e de outros; até podemos fazer o comparativo com outros que conhecemos e que se calhar para o que fazem até ganham demais.

Isto só porque, graças a Deus, nós não temos de concordar sempre... mesmo que alguns achem que estamos todos mancomunados, certo?

Até mais.

Anónimo disse...

Caro Mário da Silva,
Boa Tarde.
Só aceito participar num debate consigo sobre este tipo de assuntos porque estou seguro, quero crer, ser Você uma pessoa capaz de falar racionalmente sobre matérias de fé.
Erro inicial seu, ao julgar que eu centrei o meu comentário numa pessoa. Seja ela DGF, ou fosse jardineiro, Rei-Sol, apanha bolas ou o Papa com suas vestes.
Não.
Eu falei rápida e descontraidamente de um conjunto de questões, variado.
Ataque pessoal ao DGF, isso não foi.
Errou segunda vez de novo ao considerar que eu mencionei o DGF por ser “cristão e capitalista”.
Não.
As minhas ideias sobre a matéria aplicam-se a cristãos, muçulmanos, adoradores do sol ou das serpentes, de uma pedra mais quadrada ou mais piramidal, é igual. E se são mais ricos ou mais pobres, capitalistas, proletários ou assim-assim, isso para mim é indiferente na mesma.
Errou terceira vez quando chamou à conversa a questão dos ordenados. Essa é uma riquíssima matéria de debate, mas tem um estatuto próprio. Se desejar debatemos. Mas, isso são tostões, quando do Altíssimo ou do não tão alto se pode conversar.
Como vê, Você não concorda comigo mas tem (e eu sei-o) uma postura de cidadão solidário e interventor, querendo-me seguramente sempre bem quem concorde quer discorde, e eu idem.
Assim, sempre poderemos conversar.
E para estimular a conversa, vai uma pergunta:
Se a Missa de Acção de Graças, com tanto VIP e tanto cargo oficial citado, fosse encomendada a uma seita espírita e de macumbas, com toda aquela corte de Directores-Gerais e de Secretários com tanto alto Funcionário a fazer fila na cauda, Você quedava-se ou mexia-se?
Respondo eu: pelo meu lado, com nuances, os meus comentários pouco variariam.
Quer continuar?
Eu adoro uma boa de uma polémica, com quem sabe polemizar.
Cordialmente
Este que não venera Altíssimo nenhum, mas que respeita quem venera, sem com isso concordar
Ou, mais curo
Eqnvanmqrqvscic
Ou simplesmente
Duvidador
1348 HH de 13 Jan 2007

Anónimo disse...

Olá, e eu só passei para deixar um Beijinho para vocês, quer dizer não é bem para vocês, é mais para...
Bolas acho que não é este o blog.

AV disse...

:D

Anónimo disse...

Caro Mário da Silva,
Boa Tarde.
E para continuar a estimular a conversa, vai uma nova questão:

Há tempos, uma tradicional Procissão (para o povo pedir chuva a um dos Altíssimos mais em voga hoje em dia entre nós) acabou por se não realizar, pois começou de repente a chover.
In
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=160562
Houve comentários do género:
«Graças a Deus que a chuva já está a vir», disse o bispo auxiliar de Évora, D. Amândio José Tomás, numa dia em que a chuva regressou ao Alentejo, embora sem intensidade.
Em sua opinião, por favor, diga-me:
Haverá uma relação de causa e efeito entre rezar ou fazer procissões a pedir chuva, e começar a chover?
No caso vertente, terá havido espionagem ou fuga de informação, e o Altíssimo em questão terá sido quiçá informado previamente do que as pessoas pretendiam resolvendo por isso antecipar-se-lhes?
Se a chuva for muito necessária na Região A, e igualmente muito necessária na Região B, irá chover numa e noutra não em função das rezas e procissões?
E quando a seca impera, será castigo de um qualquer Altíssimo?
E se chove em excesso, haverá descontrolo ou desvario desse Altíssimo?
Os densímetros e outros medidores da pluviosidade necessária têm um padrão? Em países como Portugal e na França serão em centésimos e milésimos do litro, e noutros no no Reino Unido e nos USA serão em fracções de galão? E isso não será uma grande confusão na mesa de decisão dos Altíssimos?
Enfim, tantas perguntas, tantas incertezas…
O meu caro Mário da Silva deseja comentar?
Para já, comento eu: pelo meu lado, isso de chuva e de pedidos ao Altíssimo A ou B, ou a nenhum, é tudo igual ao litro.
Quer continuar?
Como lhe disse, eu adoro uma boa de uma polémica, com quem sabe polemizar.
Cordialmente
Este que não venera Altíssimo nenhum, mas que respeita quem venera, sem com isso concordar
Ou, mais curo
Eqnvanmqrqvscic
Ou simplesmente
Duvidador
1548 HH de 13 Jan 2007

Anónimo disse...

Caro Mário da Silva,
Boa Noite.
E para continuar a estimular a conversa, cá vai mais um temazinho:
Saberá seguramente tudo sobre os 4 Dogmas Marianos http://www.ewtn.com/spanish/Maria/dogmas_marianos.htm , a saber:
Maria Mãe de Deus,
Maria da Imaculada Conceição,
Maria Sempre Virgem, e finalmente a
Assumpção de Maria.
Que me diz, Mário da Silva, meu Caro:
Não é uma peninha alguns destes dogmas só terem sido definidos há pouco mais de 100 anos? Não teria sido preferível a coisa ter constado desde os inícios dos inícios dos tempos? Não é uma peninha Maria, com virtudes tão altas, só ter entrado em cena há cerca de 2000 anos, e ainda aí muito localizadamente, e não ter pois podido ser um exemplo para toda a humanidade, em todos os tempos e em todos os lugares, desde os primórdios mais iniciais da presença dos humanos na terra? E o que dizer da virtude de ser Mãe, e simultaneamente ser Virgem? É esse o ideal, é isso o exemplo? Para quem, de quê? Para condenar quem, e porquê? E sobre a assumpção direitinha ao Céu? Tal e qual? E sobre ser Mãe de Deus, para mais de Imaculada Conceição? Tal e qual? Tantas perguntas, quantos espantos.
O que me responde, meu Caro?
Respondo eu: no meu fraco entendimento, tudo isto são devaneios de encantar meninos com historietas de pasmar, de enganar, são modas de um tempo, e de um lugar.
Quer continuar?
Por mim, pode-se avançar.
Mas Você, agora, terá de mo indicar.
Cordialmente
Este que não venera Altíssimo nenhum, mas que respeita quem venera, sem com isso concordar
Ou, mais curto
Eqnvanmqrqvscic
Ou simplesmente
Duvidador
2210 HH de 13 Jan 2007

Mário da Silva disse...

Se a Missa de Acção de Graças, com tanto VIP e tanto cargo oficial citado, fosse encomendada a uma seita espírita e de macumbas, com toda aquela corte de Directores-Gerais e de Secretários com tanto alto Funcionário a fazer fila na cauda, Você quedava-se ou mexia-se? - Duvidador

Aconselho uma pesquisa mesmo aqui neste blog sobre o tema da nomeação do actual papa.

Mas para resumir e para evitar estar a colocar comentários ao quais nem vou responder -- isso era mais o "saudoso" Titta Mauricio -- resta-me aconselhar-lhe a leitura da Constituição da Republica Portuguesa no que a este tema da religião concerne.

Se lhe apetecer polemizar sobre os ordenados cá estamos, se lhe apetece atacar a Igreja Católica Apostólica Romana ou qualquer outra seita então vai ficar a falar para o ar.

Até mais.

Anónimo disse...

Caro Senhor Mário da Silva,
Boa Tarde,
Atacar, propriamente atacar, não vou parar de o fazer, pois nem comecei.
Falar para o ar, dado que Você não deseja dialogar, tampouco.
Este foi apenas um debate que antes de o ser já não o era.
O erro foi meu.
Peço-lhe desculpa.
Terei de ficar à espera de interlocutor à altura.
Cordialmente
Este que não venera Altíssimo nenhum, mas que respeita quem venera, sem com isso concordar
Ou, mais curto
Eqnvanmqrqvscic
Ou simplesmente
Duvidador

Mário da Silva disse...

Caro Duvidador,

Eu não discuto nem Fé nem Dogmas. Isso é tema de consciência de cada qual.

Dado que nem a Fé nem os Dogmas regem o nosso Estado de Direito e desde que não haja ingerência de uma na outra ou vice-versa, é-me indiferente o que o sr. A propõe aos seus empregados fazerem nos seus tempos livres.

Se por não acederem ao "convite" se verificar algo menos claro e legítimo -- como infelizmente vemos acontecer amíude no Estado mas por razões partidárias (para alguns mais Fé e Dogma que a religiosa), então aí medidas devem ser tomadas e sérias (que as de Setúbal foram uma farsa) que não devem parar antes das últimas consequências.

Aconteceu tal? Quando e se acontecer falamos, caso contrário é conversa inútil.

Já a questão do Aborto ou da Eutanásia ou da Procriação Médicamente Assistida são questões de Ética e de Consciência -- e não de Religião como alguns querem fazer crer -- e que até podem ter algumas implicações constitucionais no que toca à defesa da Vida, mas enfim... Também me apetece pouco discutir isso. Já há gente de mais a lançar bitates para o ar e eu prefiro ficar calado e votar no que me apetecer na hora certa e devida.

Quer conversa? Por aqui temos muito sobre o que falar e sobre o qual não me parece haver muita gente interessada.

Até mais.

Anónimo disse...

Caro Mário da Silva,
O equívoco reside nisto:
eu aceito debater uma e outra coisa. E faço-o de facto. Inclusivé Por aqui (falhou-me o link, sou um nabiço nestas modernices)
Você, com legitimidade 200%, debate A e não B.
Não discuto.
O erro foi meu, pensei que ... mas equivoquei-me.
Já lhe pedi desculpa mais acima, não leve a mal.

Cordialmente
Este que não venera Altíssimo nenhum, mas que respeita quem venera, sem com isso concordar
Ou, mais curto
Eqnvanmqrqvscic
Ou simplesmente
Duvidador