sábado, janeiro 13, 2007

O que alguns não leram







O jornalista Luís Bonixe do jornal Margem Sul cita na sua "reportagem" uma tese sobre blogs da autoria de Catarina Rodrigues que pode ser consultada na íntegra aqui.

O apressado e nada impante João Figueiredo da tertúlia banheirense veio logo destacar a citação extraída da dita tese e colocar-se do lado dos "bons" blogueiros, os respeitáveis que dão o nome. Só faltou emoldurar as declarações transcritas nas páginas do jornal do camarada multiusos.
O que aparentemente nem Bonixe nem Figueiredo fizeram foi ler toda a dita tese - muita letra, claro, faz doer os olhos e mói a cabecinha - ou se a leram recortaram o texto como lhes interessou.
Em primeiro lugar, a autora explicita claramente as limitações da imprensa regional, amordaçada aos interesses locais e quantas vezes dependente dos poderes autárquicos (cf. p. 26).
Para além disso, Catarina Rodrigues quando escreve sobre a possível credibildiade acrescida de quem é identificável como autor dos textos (a parte que LB e JF tanto parecem ter apreciado), segue afirmando que a transparência é maior conforme a qualidade das fontes a que se recorre (pp. 173-174). E o rigor dos factos, claro, a partir de ligações que facultem a possibilidade de os verificar.
Só que essas partes a Luís Bonixe e João Figueiredo não pareceram interessar.
Nem percebo porquê.
Já no nosso caso, já que citamos alguma coisa, mostramos mesmo o material ou fazemos as ligações ao contrário de quem só a sua utilidade ultimamente e apenas quando convém.
Foi assim com certos documentos que publicámos e tanto incómodo causaram no passado.
E será sempre assim.
Aqui não se publicam documentos apócrifos e por verificar.
Assinar as peças com o nome próprio poderá ser muito interessante, mas tudo depende do que se escreveu e ao serviço de quê.
Provavelmente o impoluto João Figueiredo - aquele que nunca perguntou, nunca viu, nunca ouviu e nada sabe - dará menos credibilidade aos documentos assinados pelo camarada Duarte e achará de menor recorte literário as obras de Manuel Tiago, por serem pseudónimos.
Eu não.
Porque sempre privilegiei a análise do conteúdo (e algum rigor ortográfico e gramatical, confesso, traumas de uma Primária marcelista) sobre o protagonismo individual do autor.
A verdade e o rigor.
É a diferença que nos separa.
Uma enorme diferença.
Dar o nome ou dar a cara é muito mais importante para quem tem algo, sei lá... é melhor não entrar por aí, mas depois logo confirmaremos.
Se eu desse a cara, talvez precisasse de cortar o telefone ou usar telemóveis descartáveis.
É só cá uma suposição.

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.regiaodesetubalonline.pt/noticia.php?cod_titulo=3&codigo=45A7705C99C55