Engana-se quem pense que se vai aqui falar em nomes e muito menos nos nomes que alguns pensarão.
Aqui apenas se pretende demonstrar que para atacar em força o poder moiteiro instalado, nos moldes actuais, é necessário alguém com um perfil diferente dos tradicionais actores da oposição local.
Exacto.
Após paciente e elaborada reflexão, chegámos à conclusão algo metafórica que o fogo só se consegue combater com o fogo.
Ou traduzindo a coisa: que ninguém pense que, para já, qualquer candidato alinhado com uma outra força partidária consegue derrotar a máquina do Partido do Colectivo, a máquina que na recta final consegue bater a todas as portas, cobrando fidelidades e recordando favores.
Pois é.
Para combater alguém do Partido do Colectivo é preciso alguém que tenha o mesmo tipo de inscrição na vida local, que seja reconhecido, que não apareça por aqui só em altura de eleições ou que, estando cá, seja visto pelas "bases" como sendo do "inimigo", sendo que o Partido do Colectivo encara quase toda a gente como inimiga desde que não se acocore à sua passagem e obedeça às suas ordens.
É inútil pensar-se que é possível - em confronto de tipo tradicional - conseguir mais do que retirar a maioria absoluta ao actual poder moiteiro.
E para o derrotar é preciso muito. Não é muito dinheiro, que esse já se sabe por onde e para onde corre.
É preciso vontade.
É preciso credibilidade.
É preciso raízes.
Isto ainda é, apesar da crescente dormitorização, um reduto político muito fechado que não cai de repente.
Por isso, para concorrer contra o poder moiteiro em 2009, é necessário alguém que seja proveniente sensivelmente da mesma área política mas da qual se tenha afastado por desalinhamento com a sua orientação, que seja conhecido pela sua intervenção local empenhada, que mais do que atacar activamente o poder moiteiro, possa apresentar-se como alguém atacado por esse mesmo poder.
Nomes?
Ocorre-me um ou dois, mas não é isso que interessa.
Nem é quem vocês estão já a pensar.
Por agora chega ficar, a traço grosso, o perfil desejável.
Assim mesmo.
Em termos algo abstractos.
Fazer ao contrário (escolher alguém e depois delinear o perfil) é a prática comum de outros.
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2 comentários:
Hum,
Queres então dizer que só dá para quem foi do PCP e que não é visto como um renegado?
Logo que apareça e quanto mais cedo pior, a campanha de contra ataque vai ser de desacreditação desse candidato.
Exacto.
O problema também é aquele que é referido.
Quanto mais cedo mais tempo para o tentarem fulminar, mas não pode ser em cima do acontecimento.
Por outro lado, as "armas sujas" do costume, neste momento podem também ser usadas em sentido contrário.
E boatos por boatos, há sempre os que são verdadeiros.
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