O texto e as imagens mais explicativas de todo o processo histórico que tentou evitar a destruição da Estação de Comboiois de Alhos Vedros. na visão do seu maior activista e dimensionador do Movimento, o nosso caro amigo, Carlos (Brocas).
Todo o texto merece uma reprodução na íntegra, mas pode lê-lo onde ele foi publicado primeiramente, no Brocas Vetus, um Blogue Alhos Vedrense de luta, feito por um homem que merece desde já o estatuto mor do Alhos Vedrense sem medo e frontal.
O Carlos merece sem dúvida, ser o Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros e se houver algum Movimento ou partido que tenha a coragem de o pôr como o primeiro de lista para conquistar a JFAV, o AVP aqui estará para o apoiar.
"O texto que se segue reflecte única e exclusivamente a minha opinião pessoal.
Resenha histórica de um movimento popular.
De modo a que fique registado, também aqui no http://berbequim.wordpress.com, a seguir seguem algumas linhas do que vivi nesta ultima semana na tentativa (frustrada) de defesa da preservação da Estação de Alhos Vedros.
No dia 26/05/2008 sensivelmente pelas 22H00, um grupo de cidadãos de Alhos Vedros, reuniu-se na Praça da Republica de Alhos Vedros, na esplanada do Café Ensaio (felizmente com um oleado por cima da estrutura pois chovia bastante), tendo sido tomadas algumas decisões relativas à posição a tomar e criado o Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros. Inicialmente pensou-se convocar a população para uma reunião a realizar na cave da SFRUA - Velhinha no dia seguinte contudo, chegou-se à conclusão de que seria preferível, e de modo a conseguir-se uma maior mobilização, efectuar essa reunião na Quarta-Feira dia 28/05/2008. Para a mesma foram convocados, não só alguma comunicação social, como também os órgãos autárquicos e a REFER.
Relativamente aos órgãos autárquicos, a única pessoa a aparecer foi a Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros, que afirmou desconhecer completamente que se encontrava previsto ser derrubado o edifício da Estação.
A reunião realizada no dia 28/05/2008 onde compareceram para cima de 100 pessoas, foi bastante participada em termos de intervenções do publico presente. Para evitar repetições de textos (e não alongar muito este que já o irá ser) poderá ser consultado um resumo da mesma no Jornal On-line O Rio aqui: http://www.orio.pt/modules/news/article.php?storyid=2402, que apesar de não transcrever todas as intervenções (as mais inflamadas por exemplo) transmite com fiabilidade (e outra coisa não seria de esperar do Sr. Brito Apolónia) o que se passou na mesma.
Às páginas tantas, “alguém” informa a mesa de que tinha acabado de receber uma mensagem no seu telemóvel, informando que nesse preciso momento, penso que seria por voltas das 23H30, a Estação já se encontrava completamente vazia, e que os Empreiteiros contratados se preparavam para dar inicio ao derrube do Edifício. Nesse preciso momento um dos participantes encontrava-se a efectuar uma proposta à mesa com 6 pontos, em que no ultimo propunha que, quando se desse por terminada a reunião, os presentes deslocarem-se para o largo da Estação de modo a manifestarem também ali a sua indignação. Claro que, mediante a informação que se pensou ser fidedigna, todos os presentes se deslocaram de imediato para o local.
Veio então, já no local, a constatar-se que a informação era falsa. Além dos “manifestantes” não se encontrava ninguém da REFER ou do Consorcio que se encontra a proceder às Obras no local. Independentemente do resto, a única coisa para que serviu essa informação foi para destabilizar, ou seja, para terminar ali mesmo a reunião.
Contudo, e dado que a vontade dos presentes pela preservação do Edifico era grande, logo ali se estabeleceram inúmeros contactos com meios de comunicação social na tentativa de dar a conhecer ao Pais a nossa revolta.
Conseguiu-se falar com a TSF, veio um repórter da LUSA, e uma equipa de reportagem da SIC. A 29/05/2008, Portugal teve conhecimento do que se passava em Alhos Vedros através da SIC Noticias, da TSF e de diversos Jornais (ver um dos post’s anteriores). Já de madrugada, e dado que nada previa que a Estação fosse derrubada nesse dia, foi convocada uma nova vigília para o dia seguinte, dia 29/05/2008 pelas 22H30, tendo novamente sido convocada a Comunicação Social, os Órgãos Autárquicos (que relativamente à Câmara Municipal da Moita apareceram em peso).
Nesse dia sim, encontravam-se presentes funcionários do Consorcio, a GNR e mais tarde, perto da 01H00, uma carrinha do Corpo de Intervenção.
Encontravam-se também presentes certos “artistas” que mais não queriam que era praticar desacatos, talvez pela bebedeira ou por coisas mais duras mas, conseguiu-se levar a melhor e não existiram qualquer tipo de conflitos.
De frisar que, nessa segunda vigília, pensa-se terem estado presentes qualquer coisa como 250 pessoas.
Como referi acima, desde o Presidente da Câmara a quem foi dada a palavra, mas isso é assunto para mais à frente, passando por vereadores e assessores da força politica (PCP/CDU) que se encontra à frente dos destinos da Edilidade, estava tudo em peso na vigília, inclusivamente um Deputado da Assembleia da Republica, O Sr. Bruno Dias do PCP (claro).
A vontade de lavar a cara foi impressionante.
Após a intervenção de um dos elementos do Movimento, foi dada a palavra ao Presidente da Câmara, Eng. João Lobo que se manifestou contra a falta de informação aos Órgãos Autárquicos por parte da REFER e propôs que, dado que existia uma vedação em terrenos públicos, a mesma fosse por todos retirada dado que não existia, por parte da Autarquia, autorização para esse facto. Assim aconteceu e tudo teria corrido bem, não fosse os acima referidos “artistas” terem mexido no que não deviam, ou seja as vedações dentro da própria Estação, dando origem a que, membros do movimento, sujeitos às “bocas” dessa cambada de energúmenos, tivessem de andar a repor a referida vedação, auxiliados inclusivamente pelo Vereador do PSD Sr. Luís Nascimento.
Veio a saber-se depois, já a situação se encontrava reposta, que os funcionários que lá se encontravam, deram conhecimento à GNR de que, tal (o desmanchar das vedações dentro da Estação) estava a acontecer. Só que, quando, e ai se mostra o civismo com que a situação foi tratada por parte do movimento, a GNR veio tirar satisfações nada havia a reclamar.
A Estação não foi derrubada nessa noite mas sim a na Sexta-Feira dia 30 a partir das 10H00.
O Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros falhou o seu objectivo mas, demonstrou-se que em Alhos Vedros existe gente interessada na preservação do seu Património.
Foi uma excelente demonstração de Cidadania.
Há contudo, na minha perspectiva, que apurar responsabilidades, pois, independentemente do que se diz, do que se tenta demonstrar em publico, há eleitos que, ou por incúria, ou por “esquecimento”, ou mesmo por outras razões que para tentar ser politicamente correcto não as vou escrever, faltam à verdade.
Senão vejamos, será que o comunicado da REFER em http://www.refer.pt/pt/noticia.php?id=426 não é suficientemente elucidativo?
Será que, e contrariando o comunicado da Câmara Municipal da Moita e as palavras do Sr. Presidente João Lobo, a carta recebida pela Câmara, à atenção do Presidente, e assinada pelo Presidente do Conselho de Administração da REFER não o será?
É com toda a certeza elucidativa de quem, têm a maior fatia de responsabilidade na destruição do Edifico da Velha Estação de Alhos Vedros.
A REFER peca pela falta de dialogo (que até se entende por ser em cima do acontecimento depois de mais de 2 anos de “negociações” com a Edilidade) e por se borrifar para o Património construído. É bem mais fácil (e económico) deitar abaixo e fazer de novo, do que ter despesas de conservação com um Edifício que, apesar das transformações ao longo do tempo, remonta(va) ao ano de 1861.
Contudo, o Edifício em causa foi colocado à disposição dos Órgãos autárquicos no inicio do processo e, foi pela Câmara Municipal considerado que, devido ao facto de a Plataforma de embarque de passageiros ter de ser elevada relativamente à cota a que se encontra, o Edifício ficaria sem utilidade, além da despesa que a manutenção do mesmo traria.
Esqueceram-se que, o Edifício tinha 3 entradas pela frente e que, poderiam eventualmente efectuar um protocolo com uma qualquer colectividade ou associação, de modo a que a mesma assegura-se a ocupação e manutenção do mesmo.
De frisar que, Alhos Vedros é das Freguesias culturalmente mais activas do Concelho e, apesar de já existir um pólo cultural, o Moinho de Maré, o mesmo não é suficiente para a capacidade de realização existente na Freguesia.
Falta de visão.
Falta de atenção às raízes históricas da Freguesia que já foi sede de Concelho, e que, com toda a industria que teve durante décadas, foi uma grande impulsionadora da economia concelhia, pelo emprego gerado através das Fabricas de Cortiça e Têxteis entre outras.
Em 24 de Abril de 2008, um mês antes do despoletar desta situação, o Sr. Nuno Cavaco, Vogal na Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, e assessor na Câmara Municipal da Moita, responde da seguinte forma a um Post do seu camarada Bloguista João Figueiredo em http://banheirense.blogspot.com/2008/04/quando-era-mido-assistia-ao-desfile-de.html#c9201696722770808648 :
At 3:02 PM, Abril 24, 2008, nunocavaco said…
Caro João no projecto da REFER o elevador apresenta medidas de 1,60m por 1,85m, com uma diagonal de 2,15m, portanto penso que se poderá transportar uma bicicleta.
O que nos transmite a ideia (errada????) que existe conhecimento aprofundado das alterações que vão ser executadas nas estações e apeadeiros do Concelho da Moita tanto a nível Camarário como ao nível da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira.
Resumindo, os culpados do derrube da Velha Estação de Alhos Vedros, é a minha ilação, é nem mais nem menos do que a Câmara Municipal da Moita que, pelas razões já acima expostas, e apesar de ter conhecimento desde (e não referindo a reunião do 4º. trimestre de 2005) que foi apresentado o anteprojecto no 1º. trimestre de 2006, nada fez para evitar a situação, não informou a população e, quando numa demonstração de Cidadania a população se eleva contra o facto, vêm com lágrimas de Crocodilo, descartar-se de culpas, colar-se ao Movimento Popular, e emitir comunicados, onde a verdade dos factos é de algum modo deturpada.
A REFER, ao dar conhecimento às Autarquias, está a dar conhecimento aos Cidadãos, contudo isto só seria verdade se existisse uma democracia participativa, em que a população fosse convidada a participar nos destinos da Autarquia, mas não, por cá quanto menos a população souber melhor, e o termo participação, terá com certeza outro significado.
Penso que, a frase de João Lobo quando da ultima reunião sobre o PDM da Moita “O povo nos julgou o povo nos julgará” deverá, em 2009 ser levada a sério.
O Povo deve julgar esta força politica que, à frente dos destinos do Concelho, nos últimos 10/12 anos mais não têm feito do que lapidar o Património da nossa localidade, seja ele arquitectónico ou natural, como por exemplo o caso da Velha Cadeia que nem aos vestígios encontrados deram importância, como deixar a FADESA assorear parte dos sapais à esquerda da Urbanização da Fonte da Prata e por ai fora.
De frisar também que, na noite de 29, e independentemente do que acontecesse, a população ficou convocada para uma nova reunião do Movimento, novamente na Cave da SFRUA -Velhinha. A adesão nesse dia foi fraca e ninguém das Autarquias compareceu (a comunicação social não esteve presente, eu sei).
O Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros deve continuar de pé, e penso que, desta vez perdeu-se a batalha mas nunca se sabe se mais tarde, e por outra qualquer razão, e na defesa de outra coisa, não conseguiremos ganhar a Guerra.
As imagens documentam o que era a Estação, e no monte de destroços que se tornou.
A carta do Presidente da REFER retirada do Blogue do Vereador Vítor Cabral, já acima referida, fica também aqui para memória futura."
Resenha histórica de um movimento popular.
De modo a que fique registado, também aqui no http://berbequim.wordpress.com, a seguir seguem algumas linhas do que vivi nesta ultima semana na tentativa (frustrada) de defesa da preservação da Estação de Alhos Vedros.
No dia 26/05/2008 sensivelmente pelas 22H00, um grupo de cidadãos de Alhos Vedros, reuniu-se na Praça da Republica de Alhos Vedros, na esplanada do Café Ensaio (felizmente com um oleado por cima da estrutura pois chovia bastante), tendo sido tomadas algumas decisões relativas à posição a tomar e criado o Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros. Inicialmente pensou-se convocar a população para uma reunião a realizar na cave da SFRUA - Velhinha no dia seguinte contudo, chegou-se à conclusão de que seria preferível, e de modo a conseguir-se uma maior mobilização, efectuar essa reunião na Quarta-Feira dia 28/05/2008. Para a mesma foram convocados, não só alguma comunicação social, como também os órgãos autárquicos e a REFER.
Relativamente aos órgãos autárquicos, a única pessoa a aparecer foi a Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros, que afirmou desconhecer completamente que se encontrava previsto ser derrubado o edifício da Estação.
A reunião realizada no dia 28/05/2008 onde compareceram para cima de 100 pessoas, foi bastante participada em termos de intervenções do publico presente. Para evitar repetições de textos (e não alongar muito este que já o irá ser) poderá ser consultado um resumo da mesma no Jornal On-line O Rio aqui: http://www.orio.pt/modules/news/article.php?storyid=2402, que apesar de não transcrever todas as intervenções (as mais inflamadas por exemplo) transmite com fiabilidade (e outra coisa não seria de esperar do Sr. Brito Apolónia) o que se passou na mesma.
Às páginas tantas, “alguém” informa a mesa de que tinha acabado de receber uma mensagem no seu telemóvel, informando que nesse preciso momento, penso que seria por voltas das 23H30, a Estação já se encontrava completamente vazia, e que os Empreiteiros contratados se preparavam para dar inicio ao derrube do Edifício. Nesse preciso momento um dos participantes encontrava-se a efectuar uma proposta à mesa com 6 pontos, em que no ultimo propunha que, quando se desse por terminada a reunião, os presentes deslocarem-se para o largo da Estação de modo a manifestarem também ali a sua indignação. Claro que, mediante a informação que se pensou ser fidedigna, todos os presentes se deslocaram de imediato para o local.
Veio então, já no local, a constatar-se que a informação era falsa. Além dos “manifestantes” não se encontrava ninguém da REFER ou do Consorcio que se encontra a proceder às Obras no local. Independentemente do resto, a única coisa para que serviu essa informação foi para destabilizar, ou seja, para terminar ali mesmo a reunião.
Contudo, e dado que a vontade dos presentes pela preservação do Edifico era grande, logo ali se estabeleceram inúmeros contactos com meios de comunicação social na tentativa de dar a conhecer ao Pais a nossa revolta.
Conseguiu-se falar com a TSF, veio um repórter da LUSA, e uma equipa de reportagem da SIC. A 29/05/2008, Portugal teve conhecimento do que se passava em Alhos Vedros através da SIC Noticias, da TSF e de diversos Jornais (ver um dos post’s anteriores). Já de madrugada, e dado que nada previa que a Estação fosse derrubada nesse dia, foi convocada uma nova vigília para o dia seguinte, dia 29/05/2008 pelas 22H30, tendo novamente sido convocada a Comunicação Social, os Órgãos Autárquicos (que relativamente à Câmara Municipal da Moita apareceram em peso).
Nesse dia sim, encontravam-se presentes funcionários do Consorcio, a GNR e mais tarde, perto da 01H00, uma carrinha do Corpo de Intervenção.
Encontravam-se também presentes certos “artistas” que mais não queriam que era praticar desacatos, talvez pela bebedeira ou por coisas mais duras mas, conseguiu-se levar a melhor e não existiram qualquer tipo de conflitos.
De frisar que, nessa segunda vigília, pensa-se terem estado presentes qualquer coisa como 250 pessoas.
Como referi acima, desde o Presidente da Câmara a quem foi dada a palavra, mas isso é assunto para mais à frente, passando por vereadores e assessores da força politica (PCP/CDU) que se encontra à frente dos destinos da Edilidade, estava tudo em peso na vigília, inclusivamente um Deputado da Assembleia da Republica, O Sr. Bruno Dias do PCP (claro).
A vontade de lavar a cara foi impressionante.
Após a intervenção de um dos elementos do Movimento, foi dada a palavra ao Presidente da Câmara, Eng. João Lobo que se manifestou contra a falta de informação aos Órgãos Autárquicos por parte da REFER e propôs que, dado que existia uma vedação em terrenos públicos, a mesma fosse por todos retirada dado que não existia, por parte da Autarquia, autorização para esse facto. Assim aconteceu e tudo teria corrido bem, não fosse os acima referidos “artistas” terem mexido no que não deviam, ou seja as vedações dentro da própria Estação, dando origem a que, membros do movimento, sujeitos às “bocas” dessa cambada de energúmenos, tivessem de andar a repor a referida vedação, auxiliados inclusivamente pelo Vereador do PSD Sr. Luís Nascimento.
Veio a saber-se depois, já a situação se encontrava reposta, que os funcionários que lá se encontravam, deram conhecimento à GNR de que, tal (o desmanchar das vedações dentro da Estação) estava a acontecer. Só que, quando, e ai se mostra o civismo com que a situação foi tratada por parte do movimento, a GNR veio tirar satisfações nada havia a reclamar.
A Estação não foi derrubada nessa noite mas sim a na Sexta-Feira dia 30 a partir das 10H00.
O Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros falhou o seu objectivo mas, demonstrou-se que em Alhos Vedros existe gente interessada na preservação do seu Património.
Foi uma excelente demonstração de Cidadania.
Há contudo, na minha perspectiva, que apurar responsabilidades, pois, independentemente do que se diz, do que se tenta demonstrar em publico, há eleitos que, ou por incúria, ou por “esquecimento”, ou mesmo por outras razões que para tentar ser politicamente correcto não as vou escrever, faltam à verdade.
Senão vejamos, será que o comunicado da REFER em http://www.refer.pt/pt/noticia.php?id=426 não é suficientemente elucidativo?
Será que, e contrariando o comunicado da Câmara Municipal da Moita e as palavras do Sr. Presidente João Lobo, a carta recebida pela Câmara, à atenção do Presidente, e assinada pelo Presidente do Conselho de Administração da REFER não o será?
É com toda a certeza elucidativa de quem, têm a maior fatia de responsabilidade na destruição do Edifico da Velha Estação de Alhos Vedros.
A REFER peca pela falta de dialogo (que até se entende por ser em cima do acontecimento depois de mais de 2 anos de “negociações” com a Edilidade) e por se borrifar para o Património construído. É bem mais fácil (e económico) deitar abaixo e fazer de novo, do que ter despesas de conservação com um Edifício que, apesar das transformações ao longo do tempo, remonta(va) ao ano de 1861.
Contudo, o Edifício em causa foi colocado à disposição dos Órgãos autárquicos no inicio do processo e, foi pela Câmara Municipal considerado que, devido ao facto de a Plataforma de embarque de passageiros ter de ser elevada relativamente à cota a que se encontra, o Edifício ficaria sem utilidade, além da despesa que a manutenção do mesmo traria.
Esqueceram-se que, o Edifício tinha 3 entradas pela frente e que, poderiam eventualmente efectuar um protocolo com uma qualquer colectividade ou associação, de modo a que a mesma assegura-se a ocupação e manutenção do mesmo.
De frisar que, Alhos Vedros é das Freguesias culturalmente mais activas do Concelho e, apesar de já existir um pólo cultural, o Moinho de Maré, o mesmo não é suficiente para a capacidade de realização existente na Freguesia.
Falta de visão.
Falta de atenção às raízes históricas da Freguesia que já foi sede de Concelho, e que, com toda a industria que teve durante décadas, foi uma grande impulsionadora da economia concelhia, pelo emprego gerado através das Fabricas de Cortiça e Têxteis entre outras.
Em 24 de Abril de 2008, um mês antes do despoletar desta situação, o Sr. Nuno Cavaco, Vogal na Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, e assessor na Câmara Municipal da Moita, responde da seguinte forma a um Post do seu camarada Bloguista João Figueiredo em http://banheirense.blogspot.com/2008/04/quando-era-mido-assistia-ao-desfile-de.html#c9201696722770808648 :
At 3:02 PM, Abril 24, 2008, nunocavaco said…
Caro João no projecto da REFER o elevador apresenta medidas de 1,60m por 1,85m, com uma diagonal de 2,15m, portanto penso que se poderá transportar uma bicicleta.
O que nos transmite a ideia (errada????) que existe conhecimento aprofundado das alterações que vão ser executadas nas estações e apeadeiros do Concelho da Moita tanto a nível Camarário como ao nível da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira.
Resumindo, os culpados do derrube da Velha Estação de Alhos Vedros, é a minha ilação, é nem mais nem menos do que a Câmara Municipal da Moita que, pelas razões já acima expostas, e apesar de ter conhecimento desde (e não referindo a reunião do 4º. trimestre de 2005) que foi apresentado o anteprojecto no 1º. trimestre de 2006, nada fez para evitar a situação, não informou a população e, quando numa demonstração de Cidadania a população se eleva contra o facto, vêm com lágrimas de Crocodilo, descartar-se de culpas, colar-se ao Movimento Popular, e emitir comunicados, onde a verdade dos factos é de algum modo deturpada.
A REFER, ao dar conhecimento às Autarquias, está a dar conhecimento aos Cidadãos, contudo isto só seria verdade se existisse uma democracia participativa, em que a população fosse convidada a participar nos destinos da Autarquia, mas não, por cá quanto menos a população souber melhor, e o termo participação, terá com certeza outro significado.
Penso que, a frase de João Lobo quando da ultima reunião sobre o PDM da Moita “O povo nos julgou o povo nos julgará” deverá, em 2009 ser levada a sério.
O Povo deve julgar esta força politica que, à frente dos destinos do Concelho, nos últimos 10/12 anos mais não têm feito do que lapidar o Património da nossa localidade, seja ele arquitectónico ou natural, como por exemplo o caso da Velha Cadeia que nem aos vestígios encontrados deram importância, como deixar a FADESA assorear parte dos sapais à esquerda da Urbanização da Fonte da Prata e por ai fora.
De frisar também que, na noite de 29, e independentemente do que acontecesse, a população ficou convocada para uma nova reunião do Movimento, novamente na Cave da SFRUA -Velhinha. A adesão nesse dia foi fraca e ninguém das Autarquias compareceu (a comunicação social não esteve presente, eu sei).
O Movimento de Cidadãos Para a Defesa e Preservação da Estação de Alhos Vedros deve continuar de pé, e penso que, desta vez perdeu-se a batalha mas nunca se sabe se mais tarde, e por outra qualquer razão, e na defesa de outra coisa, não conseguiremos ganhar a Guerra.
As imagens documentam o que era a Estação, e no monte de destroços que se tornou.
A carta do Presidente da REFER retirada do Blogue do Vereador Vítor Cabral, já acima referida, fica também aqui para memória futura."
8 comentários:
O Nuno Cavaco mais valia fechar a boca para evitar meter os pés pelas mãos.
Onde é que andavam os vereadores da Oposição? Mais ainda o Vitor Cabral?
Ele é do PS. A REFER é tutelada pelo Estado. O Estado é controlado pelo PS.
Não me venham dizer que não podia fazer nada!
Por causa de umas gravuras pararam e cancelaram uma barragem e não podiam adiar uma demolição por causa do quê?
Mais um grande desapontamente pela pouca eficácia dos nossos veradores da oposição. Muito fraquinhos e demonstraram, mais uma vez, que contam zero para o seu partido.
O Mário da Silva não perde uma. Impressionante.
Para perceber o meu comentário têm de ler o artigo ao qual ele remete: http://banheirense.blogspot.com/2008/04/rua-1-de-maio-que-futuro-foi-este-o.html
Ó Nuno
Eu remeto a alguma merda que você tenha escrito em particular?
Eu nem leio o seu blog há meses.
O meu comentário à sua verve é pelo que tenho lido em comentários anedóticos de salvaguarda dos "reformados" do seu partido.
Você é um lacaio dessa gente e basta. Ainda se vai lixar mas isso é lá consigo.
Espero que o partido lhe esteja a reservar um prémio merecido pela sua denodada entrega à "causa".
Já se me acabou a pachorra para o aturar e aos seus compadres há muito tempo.
E se tivesse prestado um bocadichinho de atenção ao que escrevi acima logo via que a critica até vai para a acção desconhecida e inócua da nossa querida "oposição".
Não me chateie. Durma bem.
este ma´rio da silva é mesmo parvo...
"Resenha histórica de um movimento popular", faltou dizer que!
Na reunião do dia 28-05-08, do Movimento de Cidadãos, todos ou quase todos os elementos já estavam convencidos que NÂO havia nada a fazer.
Que no dia 28-05-2008, no relatorio de trabalho do Eng Responsavel do empreteiro da "Lena", o desmantelamento do interior da estação foi efectuado das 17,00 ás 23 horas, e que a demolição estava programada para 02,30horas do dia 29-05-08! e que imperou o adiar da situação devido á população presente
Faltou ainda dizer que na proposta apresentada na reunião estava o ponto de ir junto da junta de freguesia e da camara municipal,solicitar a disponibilidade das entidades defensoras do patrimonio (esta é para rir)disponibilizar alguns veiculos para colocar junto da estação em defesa da mesma, mas aconteceu que não havia carros!!nem vontade e viu-se.
Faltou ainda dizer Qual seria a entidade,que caso a estação não fosse demolida iria manter o respectivo edificio em bom estado de conservação, tendo em atenção que o mesmo estava desativado á mais de tres anos, e nunca ninguem moveu uma palha para a sua utilização.acontecia a mesma coisa que a fabrica da sorcoquex esta a ser desmantelada aos poucos e a cair aos pedaços.
Museu da Cortiça da Socorquex, grande trunfo eleitoral está a cair aos bocados e a ser vendido para a sucata.
Onde é que está a oposição que defende o património?
"nunca ninguem moveu uma palha para a sua utilização"
Isto é falso como alguns bem sabem, incluíndo-se vários camaradas do Colectivo. Estava em curso uma proposta particular para o uso de parte da estação de Alhos Vedros.
A Socorquex é evidente que foi uma asneirada bem intencionada.
A Câmara do Seixal, que é bem maior em tamanho e dinheiro, planeou somente a preservação de uma pequena parte da Fábrica da Mundet pois preservar e recuperar toda a fábrica seria uma loucura. Planeou o resto do espaço para a Universidade Aberta.
Nós cá até tinhamos uma entidade a querer fazer um pólo universitário e nunca ouvi os camaradas a berrar por ele da mesma forma que os camaradas do Colectivo do Seixal, antes pelo contrário.
Esta proposta deve ter aparecido depois da estação da Moita ir Abaixo!
Pode-se ver que a proposta do camarada Faim para os motardes só apareceu dois dias depois da estação estar em escombros.
Chama-se a isto planeamento PCP, nas varias vertentes da freguesia.
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