Profundo dilema moral

A programação normal do blog foi interrompida por uma acesa polémica interna acerca de uma situação que está a acontecer no concelho e do tratamento a dar-lhe.
Na Moita, existe uma família com cerca de 10 elementos (pais, 7 filhos, uma avó) que foi despejada em pleno dia do seu apartamento, com a sua mobília lançada para a rua, ficando sem tecto ou qualquer outro abrigo. Os filhos irão dormir em casas de vizinhos, os quais os têm vindo a apoiar há já algum tempo com alguma alimentação.
O que fazer:
Mostrar o que se passa, com recurso a fotos e reportagem em cima do evento com vista a pressionar e solucionar o problema ?
Ou tentar desenvolver esforços e contactos (paróquia, serviços autárquicos de acção social, Banco Alimentar, Bombeiros, Cáritas, etc) para resolver o problema e, caso estes se tornem infrutíferos, denunciar então o drama familiar em decurso ?
Os membros fundadores do blog dividiram-se profundamente nesta matéria e mantiveram azeda disputa sobre o que fazer e que atitude tomar.
Confesso que quem escreve estas linhas é defensor da segunda hipótese, mesmo à custa de poder ser considerado demasiado lógico e racional. No entanto, em momentos de crise, penso que isso é mais importante do que a reacção epidérmica e voyeurista (fico por aqui com os adjectivos).
Contudo, e para isso é que serve a liberdade de opinião, o blog fica aberto ao tratamento da situação de acordo com a primeira perspectiva.

P.