Passei há uns dias pelo local da antiga cadeia, quando fazia uma reportagem fotográfica sobre alguns dos últimos exemplares de árvores nativas da vila (aparecerá no AVV lá para o final do mês). As obras avançam a bom ritmo e os restos arqueológicos encontrados foram à vida, sem ninguém que lhes valesse.
Nesta terra vence sempre a aliança entre os interesses privados e os desinteresses públicos, com a conivência da apatia geral.
O aspirante a arqueólogo que se disse presente na altura da derrocada, bateu em retirada, declarando que não percebia bem no que se tinha metido e fazendo declarações ao Jornal da Moita a roçar o risível e o ridículo.
É o que temos por cá: “elites” de quarta categoria, sejam elas económicas, políticas ou culturais.
E quando alguém lhes aponta o dedo, metem os corninhos para dentro e fecham-se na casca.
Só damos pela sua presença, pela ranhoca que deixam no chão ao afastar-se, como quem não quer a coisa.
(Para prevenir reacções mais exaltadas, deixo desde já declarado que também tenho a minha dose de ranhoca, fruto de uma sinusite tardia e com problemas de identidade, ora seca, ora húmida)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário