Na segunda volta de perguntas a Sócrates, um bocadinho de sangue.
Miguel Frasquilho veio com aquelas coisas neoliberais, muito prórias, sobre a fiscalidade, esquecendo-se que o Governo PSD/CDS fez tábua rasa de todo o discurso pré-eleitoral de 2001, deitando fora tudo aquilo que o entusiasta Frasquilho então animadamente propusera.
Bernardino Soares fez melhor do que o camarada Jerónimo, mas foi respondido de forma clara, sem grande réplica.
Paulo Portas, qual Afonso Henriques às avessas, decidiu bater no pai simbólico, só que esquecendo-se que quem quebrou o acordo sobre política externa foi o Governo de Durão/Portas, chegando mesmo a entrar em confronto com a Presidência da República. Fez flores, provocou aquele "bruá" de que se alimentam os políticos cosméticos, mas não passou disso. Em seu redor, um precocemente envelhecido Telmo Correia, uma absorta Teresa Caeiro, um Nuno Magalhães blasé e uns excitados Nuno Melo e João de Almeida, bateram palmas, lançaram os foguetes e apanharam as canas. Sócrates reagiu a quente com a sua versão "animal feroz" mas tinha feito melhor em usar um pouco de sátira com as posições sucessivas de Portas em matéria de política europeia.
A jovem Drago, aquele jovem dos Verdes com o cabelo grande (um pouco maior do que o que eu tinha com a idade dele...), assim como o deputado socialista Braga da Cruz, apareceram, não adiantaram nada, mas prencheram o tempo e o papel de figurantes que lhes estava destinado.
Na 3ª volta de perguntas, para as quais já não tenho muito mais pachorra, Marcos Correia pelo PSD apontou as contradições Freitas/Sócrates da forma correcta e Telmo Correia parece ter acordado do nimbo em que se encontrava, até encontrando o ponto certo da ironia a utilizar.
Está aqui um bom líder para a JC, digo, para o CDS.
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