No entanto, de quando em vez, na Maxmen onde escreve de forma mais ligeira, ou nos arquivos do seu blog pessoal, ainda se encontram bons pedaços de prosa, como este de que se extrai uma passagem sobre a "aristocrática arte da rudeza", feito a propósito de uma leitura de Paul Johnson e publicado no Independente de 7 de Fevereiro de 2003:
«De que nos fala Paul Johnson? Ah!, de que nos fala Paul Johnson... Da arte da rudeza. Da aristocrática arte da rudeza. Uma arte definitivamente perdida numa cultura plebeia e vulgar. Não confundam rudeza com ordinarice. A rudeza é tudo, excepto ordinarice. A rudeza é insolência. É brutalidade. Não, não é brutalidade; é mais do que brutalidade: é malícia extrema, perversidade diabólica, sofisticação pura. Ao contrário do insulto reles, típico de selvagens e vagabundos, não é qualquer um que exerce a rudeza. A rudeza exige inteligência, elegância e um ethos aristocrático que uma sociedade radicalmente demótica não permite nem premeia.»
Para alguém que passou a maior parte da vida adulta a ser acusado de usar frequente rudeza no trato em muitas situações, o facto de esta característica ser considerada "aristocrática", deixa-me absolutamente deliciado.
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