quinta-feira, março 10, 2005

Os Dinheiros da Igreja

Há uns tempos começou por aqui uma pequena polémica sobre o papel da Igreja na nossa sociedade, tendo o Brocas escrito algo sob a forma como essa instituição gere os seus dinheiros.
Ora encontrei um suplemento de Economia do Público (28 de Novembro de 1994, sendo o texto de Luis Nazaré), em que esse é o tema de capa e de desenvolvimento:



«O fio condutor de toda a lógica da Igreja é a fé. A fé constitui, em simultâneo, o seu principal "produto" e o elemento nobre do seu "projecto organizacional". Como nas grandes empresas de cultura forte, a "visão" - um conceito algo abstracto e de difícil gestão - mantém analteráveis os valores de orientação originais, e quanto mais abstractos melhor. Tudo o resto pode evoluir ao ritmo das transformações nas sociedades.
(...) Por coincidência ou por ter atingido um estádio invulgar de maturidade, a estrutura da Igreja Católica obedece aos critérios de competitividade mais em voga entre os principais autores de "management" empresarial. A sua estrutura global assenta em três singelos níveis hierárquicos, algo que os académicos classificariam de "forte achatamento", e numa lógica geográfica ao nível das "unidades estratégicas de negócios" (ou SBU, na denominação inglesa), as dioceses.»

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