segunda-feira, março 07, 2005

Se não fosse a falta de paciência...

... a esta hora devia ir a caminho de Lisboa, assistir a este "evento".



Mãos amigas fizeram-me chegar via mail e carta convencional (iupiii !!! os correios funcionaram a tempo !) o convite para o lançamento deste livro, hoje pelas 18.30 na Assembleia da República, integrado nas cerimónias relativas ao Dia Internacional da Mulher que é amanhã, dia 8.
Em respeito pelos tempos em que me dava ao trabalho de (ainda) aparecer de vez em quando nestas coisas, agradeci o mais educadamente possível e declinei o convite, pelo enfado crescente que este tipo de "eventos" me provoca. Não estou a "esnobar", apenas estou a confessar as minhas limitações para estes tipo de situações, em que tudo são aparências e nada é o que devia ser.
Discursos de circunstância destinados ao rápido olvido, muitos sorrisos de ocasião, conversetas tão vazias de conteúdo quanto cheias de aparentes boas intenções, são o prato-forte destes momentos em que se pode "aparecer", ver e ser-se visto. Antigamente, ainda ia pelos "comes e bebes" mas, com o avançar dos anos 90 e a moda dos "coquetéis volantes" e "Portos de Honra", o declínio das substâncias mastigáveis e bebíveis foi notório, em especial na quantidade.
Apesar do carácter selecto da frequência, logo que é dado o tiro de partida para as mesas, é uma correria louca e só os mais audazes conseguem safar-se. É triste, mas é verdade. E como eu vou ficando mais lento com a idade, já chego raramente no pelotão da frente.
Por outro lado, atendendo ao que já aqui escrevi sobre os perigos de estar num espaço fechado, mesmo de maiores dimensões, com os eflúvios da laca da senhora doutora deputada Maria de Belém Roseira (oradora convidada), também é melhor para a saúde ficar em casa.

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