Eu sei que é um trabalho sujo e ingrato, mas alguém tem a obrigação de recuperar o que a segunda metade dos anos 70 teve de menos mau nesta área crítica da música de discoteca.
Aqui vamos nós:
10º: Bay City Rollers, Hooked on a Feeling – Música recuperada na série Ally McBeal, quando a protagonista imaginava que lhe aparecia um pequeno bébé, não é das mais óbvias destes tempos mas vale bem um último lugar desta lista.
9º: John Paul Young, Love is in the Air – Ainda não sei porque gosto disto, mas gosto. Aceitam-se explicações. Não vale dizer que o meu gosto é duvidoso, porque isso já eu sei.
8º: Village People, Go West – Momento alto de toda uma obra a transpirar foleirice por todos os poros (aquele índio, aquele bigode do polícia, aquele tipo das obras, aquele...) mas que, como muita outra coisa destes tempos, me entrou na cabeça e não saiu de lá mais. A versão dos Pet Shop Boys só agravou a dependência.
7º: The Nolans, I’m in the Mood for Dancing – Não pode haver grupo (são as inspiradoras das nossas Doce) e música mais patuscos deste período mas o que querem, todo o kitsch da coisa, com aquela música sempre a dar a mesma volta, as meninas a dançarem no vídeo todas de lantejoulas e a letra que não sai do mesmo sítio, cairam-me no goto e ainda não saíram de lá.
6º: Amii Stewart, Knock on Wood – Bela batida, bela voz, bela música. Disco no seu lado bom e sem foleirices à mistura.
5º: Bee Gees, How Deep is Your Love – Fase terrível destes manos, sempre a oscilar entre o clássico instantâneo (este) e a absoluta catástrofe (Tragedy). Pela resistência desta música a montanhas de versões, merece bem este destaque. Associados desde então ao mítico Saturday Night Fever com o Travolta, os rapazes nunca chegaram a recuperar completamente a sua credibilidade.
4º: Michael Jackson, Don’t Stop till Ya Get Enough – O Miguelito Jáquesom no melhor da sua carreira, quando ainda não entrara em desvario e era o Quincy Jones a comandar as coisas. Grande música de um grande álbum (Off the Wall), cheio de coisas boas.
3º: Hot Chocolate, You Sexy Thing – Grande memória que sempre me dá prazer ouvir. Deixando-me inevitavelmente bem disposto. O ar azeiteiro do vocalista, muito gay, muito vozinha em falsete, muito calcinha justa ao material, só ajudavam à festa. O espírito disco no seu lado mais festivo.
2º: Van MacCoy, Do the Hustle – É difícil explicar que música é esta a quem não a identifica pelo nome. Digamos assim, é aquele instrumental disco dos anos 70, só interrompido pelo refrão, de que todos nos lembramos logo que o ouvimos mas de que não sabemos o nome ou o autor (que era produtor e não cantor, pelo que...).
1º: ABBA, Dancing Queen – O clássico dos clássicos, do grupo clássico por excelência desta fase da história da música popular. Eu sei que a partir de 1981/82 já os detestava com todo o fundo do meu âmago (e mereceram-nos em alguns momentos) mas, com o tempo, foram recuperados e reconhecido o seu valor musical intrínseco. Esta música é o seu apogeu, para o bem ou para o mal, conforme os gostos e as opiniões.
António da Costa
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1 comentário:
Música de sábado à noite é em http://cotonete.clix.pt/ouvir/radios/clubedisco.aspx. Até toca os clássicos bem velhinhos. Fiquei fã!
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