segunda-feira, outubro 31, 2005

Importa-se de repetir ... ?

A posse dos novos órgãos autárquicos lá se fez no sábado passado, com os dislates e banalidades retóricas do costume, neste caso divididas entre o delírio e a preparação para o período em que o prometido não será devido.
Comecemos pela parte mais delirante:
De acordo com a peça no Rostos Online, João Lobo , «referiu que a campanha eleitoral decorreu com elevação, uma prova da maturidade política e um exemplo das tradições democráticas do concelho da Moita.» Certamente que o senhor não terá ouvido nem lido o que os seus apaniguados andarem a dizer e a escrever da candidata do PS e de outros elementos que consideraram seus adversários, incluindo-nos a nós aqui que nos limitámos a expressar discordância com o poder moiteiro. Se isto não é autismo é certamente um ataque de amnésia ou um surto de surdez e cegueira simultâneas.
Mais afirmou JL «que a participação da população é essencial para discutir e contribuir no “processo de procura de soluções” e “evitar posturas de isolamento”».
Está-se mesmo a ver que tem sido isso que se tem passado, desde a vergonhosa forma de apresentar e debater o PDM até ao modo muito participativo como a gestão da CMM e a própria preparação dos orçamentos autárquicos tem decorrido nos últimos anos.

Isto não há nada como a volúpia do poder absoluto, para transformar a forma como reescrevemos à nossa maneira o passado e o olharmos por entre uma névoa que apaga os detalhes incómodos.

AV1

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