Como vos escrevi há umas horas, hesitei em postar a primeira versão de um texto sobre esta senhora que tanta gente aplaude e que até ganhou um prémio de jornalismo em 2003, a pretexto do seu programa de entrevistas "Por Outro Lado".
Realmente continha violência verbal gratuita, sem bem que gratificante, e algumas recomendações para sexo explícito.
Por isso, emendei a mão e aqui vai uma segunda versão mais conforme aos cânones da moral comum.
Confesso que raramente consegui ver mais de 5 a 10 minutos consecutivos do programa conduzido por Ana Sousa Dias.
Porquê ?
Porque algumas vezes não tinha interesse no convidado.
Mas principalmente porque na maioria das vezes a entrevistadora me deixava confundido com as suas intervenções.
Porquê ?
Porque raramente achei que a senhora enfiasse mais de quatro palavras com qualquer tipo de conexão e sentido.
Elogiam-lhe muito o facto de deixar os entrevistados falarem, sem lhes cortar a palavra.
Ainda bem, porque quando ela fala é a desgraça...
Aliás, a parte melhor da sua participação televisiva, passou a ser quando a tornaram pau de cabeleira do Marcelo Rebelo de Sousa.
Todos os silêncios de Ana Sousa Dias são merecidos e por nós muito agradecidos.
E nas outras entrevistas também.
Em muitos casos - quanto tinha interesse em tentar ouvir o entrevistado, como aconteceu com Mia Couto - fui forçado a acreditar que a senhora estava sob o efeito de qualquer tipo de substância, assim a modos que nebulizante do raciocínio.
Raramente lhe ouvi uma pergunta que seguisse o contexto das respostas anteriores do entrevistado.
Muitas vezes parecia altamente impreparada sobre a obra de quem era seu convidado.
Muitas outras vezes pareceu-me apenas apalermada.
Ontem à noite a vítima foi o Ricardo Araújo Pereira que se foi contendo com alguns esgares que traíam o que devia estar a pensar.
A certa altura do p'ograma Ana Sousa Dias relembra que RAP num inquérito identificou como suas obras literárias predilectas a Madame Bovary, A Vida e Opiniões de Tristan Shandy e o Dom Quixote.
RAP concorda.
Ana Sousa Dias, taramelando o discurso, faz umas considerações desconexas sobre a obra magna de Cervantes e pergunta a RAP se já leu o livro.
Ou seja, num rodopio mental fabuloso, ASD parece concluir que RAP teria indicado como uma das suas obras preferidas algo que não teria lido.
RAP, de sorriso retorcido, responde-lhe em tom meio irónico algo como "pois, por acaso até li, por isso é que é um dos meus livros preferidos".
Enfim, alguns amigos a senhora terá.
Ou isso, ou ninguém quererá nos dias que correm fazer entrevistas para a 2:
Só pode.
AV1
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