terça-feira, janeiro 24, 2006

As aparências iludem...





... e os números nem sempre mentem.
Neste artigo do Público de hoje, fazem-se as contas e percebe-se que a tese dos "meios de campanha" é outra daquelas falácias sem pernas para andar quando confrontada com a realidade.
Os votos de Soares saíram caros (a quase 4 euros), seguindo-se os dos camaradas Jerónimo (2,36 euros) e Louçã (1,9 euros) que, para fazerem uma campanha com objectivos meramente partidários, gastaram bom dinheirinho.
Em contrapartida, cada voto em Cavaco ou Alegre - os mais votados - ficou bem mais barato, apenas a 1,35 e 1,33 euros.

Mesmo se formos pelo caminho do valor absoluto dos gastos, a campanha de Soares sai bem penalizada, o que é bem feito.
Já as campanhas de Jerónimo e Louçã juntas, gastaram mais do que a de Alegre e, também em conjunto, só chegaram a cerca de dois terços dos votos.
Portanto, não é () bem o dinheiro que mobiliza ou convence as pessoas.
Essa teoria é daqueles que nos tomam a todos por parvos, sem capacidade de discernimento.
Que, curiosamente, são os mesmos que andam sempre com o "Povo" na boca.
Paradoxos, ou talvez não.

AV1

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