sábado, janeiro 28, 2006

Mais uma pedrada...




... na teoria dos meios de campanha e em algumas ladaínhas quanto a discriminações.
Os números são claros: dos 5 candidatos que se perfilaram desde o início na campanha, Soares foi o mais favorecido pela presença nas televisões, seguindo-se Jerónimo de Sousa e Cavaco Silva, quase a par, não estando LOuçã muito longe. Manuel Alegre surge muito abaixo, com menos 9 horas de cobertura às suas actividades do que Soares e menos de 3 horas e tal em relação a todos os outros, excepção a Garcia Pereira.
Traduzindo os minutos televisivos em votos conquistados, temos o seguinte desempenho:

Cavaco: 1953 votos/minuto
Alegre: 939/m.
Soares: 447/m.
Jerónimo: 328/m.
Louçã: 208/m.
Garcia: 103/m.

Parece muito claro que não foi a televisão a fazer os resultados, antes parecendo que alguns resultados surgem, apesar das televisões (e de algumas sondagens, justificadas de forma atabalhoada hoje no Expresso), bem como das análises de certos comentaristas sobre as próprias campanhas.
Pelos vistos, Louçã é considerado muito eficaz a transmitir a sua mensagem e é tido como muito telegénico por todos, menos pela grande maioria dos que o vêem na televisão.
E se houve alguém beneficiado pelas televisões foi Soares (apesar das suas diatribes de campanha), seguindo-se o resto da trindade da vida airada, Louçã e Jerónimo. Cada minuto de Alegre valeu em votos quase tanto como cada conjunto de 3 minutos dos restantes contendores da esquerda (somam 985 votos/minuto no seu conjunto).

AV1

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