domingo, janeiro 29, 2006

Remate ao lado

Não sou muito favorável a trazer para o AVP discussões de carácter futebolístico, porque incendeiam mais os ânimos do que falar do Papa, do aborto, dos dotes políticos de Rui Garcia, da qualidade literária e ensaística de Manuel Madeira ou mesmo da alguns aspectos do PDM.
Mas há excepções e, a propósito do jogo de ontem apetece-me fazer alguns considerandos, declarando desde já a minha simpatia assumida pelo Sporting e a crença de que, este ano, teremos dificuldade em lugar sequer pelo 3º lugar.
Assim sendo, vamos lá, a propósito do jogo e da análise que dele é feito pelo órgão oficioso do SLB:

a) Há muito que não via o Sporting dar um bailarico tão completo a qualquer outra equipa durante 80% ou mais de um jogo. Normalmente, o bailarico demora 20% e o resto é sofrimento. O que é normal numa equipa cujo meio-campo é formado todo por miúdos que podiam ser meus filhos e eu só estou a chegar à meia-idade.

b) Um candidato ao título, vindo de uma série razoável de invencibilidade, não pode, em casa, ser dominado daquela forma e apresentar uma linha defensiva formada por 4 tipos, quase todos altos e brasileiros, mas pouco mais do que isso desde que não deixem o Luisão encavalitar-se nos adversários.

c) Não é possível que para A Bola, sete jogadores do Sporting só tenham mais 1 ponto em 10 do que os centrais do Benfica e os mesmos pontos do Petit. Aliás, culpar o Alcides de tudo é triste, porque o Anderson e o Luisão também se revelaram excelentes colaboradores do Sporting durante cerca de uma hora, com destaque para a meia hora final. Não foram 4 ou 5 porque realmente o Sporting tem evidentes limitações.

d) Nos dois remates perigosos do Benfica à baliza do SCP está contabilizado o penalty e no total de 7 remates devem estar um ou dois atrasos defeituosos de jogadores do Sporting, porque com o Ricardo lá atrás, passar-lhe a bola pode ser uma jogada perigosa.

AV1 (preocupado com os resultados do Braga e do Nacional, que são do nosso campeonato)

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